Os adversários do Noroeste na primeira fase da Copa Paulista

Por Fabio Toledo

Foram quase dois meses de preparação, com contratações, retornos de empréstimos, jogos treinos, elaboração de funções táticas para os jogadores, até a escolha dos 11 titulares. Agora, começa a Copa Paulista, competição que conta com 27 agremiações do Estado de São Paulo, divididas em quatro grupos.

No Grupo 1, são 6 clubes: Batatais, Mirassol, Novorizontino, Olímpia, Penapolense e Votuporanguense. Do Grupo 2 ao 4, são 7 equipes. No 2, temos Desportivo Brasil, Ferroviária, Inter de Limeira, Noroeste, Red Bull, Rio Claro e XV de Piracicaba. No 3, jogam Água Santa, Bragantino, Santo André, Santos, São Bernardo, São Caetano e Taubaté. Por fim, no Grupo 4, estão Atibaia, Ituano, Juventus, Nacional, Osasco Audax, Portuguesa e Taboão da Serra.

Grupo complicado

Focando na chave que está o Noroeste, dá para notar que o Alvirrubro não terá vida fácil. Embora a definição dos grupos tenha sido realizada levando-se em conta a localização de cada equipe, formou-se um grupo que, embora desnivelado em relação às divisões estaduais, apresenta fortes agremiações da região central do estado. Para se ter ideia, dos seis últimos campeões da Copa Paulista, três estão nesta chave – Noroeste, XV de Piracicaba e Ferroviária. Ampliando a conta, Norusca e Ferrinha ainda possuem mais um título da competição. Já Inter de Limeira, Rio Claro e Red Bull foram finalistas em uma ocasião cada.

Além dessa análise histórica, o momento recente aponta para certo equilíbrio de forças, mas dividido em dois blocos. Em 2017, a final foi justamente entre Ferroviária e Inter. Um ano antes, foi XV e Ferrinha a grande decisão. Já o Red Bull tem ao seu favor o fato de ser um representante da elite estadual no grupo (ao lado da Ferroviária), enquanto Rio Claro, Noroeste e Desportivo Brasil buscam a equipe ideal, tanto para esta competição, como para a disputa de suas respectivas divisões no início do ano que vem. 

Sem mais delongas, vamos conhecer a situação de cada adversário noroestino nesta primeira fase da Copa Paulista 2018.

Desportivo Brasil

É o adversário que o Noroeste está mais acostumado a enfrentar nos últimos anos. Representante da A3 no grupo ao lado do Alvirrubro, o clube de Porto Feliz – vinculado ao chinês Shandong Luneng, inclusive realizando intercâmbio para atletas chineses no Brasil – talvez seja o que tenha ambições mais modestas. Sempre contando com muitos jovens em seu elenco, aposta em Edson Paulista, que treinava a equipe sub-20, para o comando. 

Entre os nomes de maior rodagem no futebol e referência para os garotos, estão o goleiro Éder, que defendeu Rio Branco, Ferroviária e Ituano; o volante Jairo, ex-Paulista, São Caetano, Mirassol e Penapolense; e o atacante Tito, com passagem por Bragantino, XV de Piracicaba e Sertãozinho.

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Ferroviária

Como atual campeã da Copa Paulista, a Locomotiva Grená disputou a Série D nacional, mas teve desempenho ruim, terminando na lanterna de seu grupo na primeira fase. Durante a competição, demitiu o técnico PC Oliveira, que foi substituído para a Copa Paulista por Vinícius Munhoz, de longa passagem pelo Osasco Audax e recentemente no Inter de Santa Maria-RS. A base da equipe foi mantida e a Ferrinha entra como uma das favoritas ao título da competição estadual.

Munhoz tem em mãos um elenco interessante, completado por jovens da categoria de base. Entre os destaques, temos o goleiro Gabriel Leite, o lateral-esquerdo Diogo Silvestre (ex-São Paulo, Braga e Peñarol-URU), o volante Matheus Cancian (ex-Criciúma, Sport, Botafogo-SP e Sertãozinho) e os atacantes Caio Mancha (ex-Palmeiras, Portuguesa e Guarani) e Tom (ex-Velo Clube e Inter de Limeira).

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Inter de Limeira

O Leão da Paulista tem um planejamento que é difícil de se ver no interior do estado. A base do elenco atual foi montada para a Copa Paulista do ano passado, que teve a Inter como uma das finalistas. Na A2, não foi tanto destaque, terminando na 11ª posição, mas segue com boa parte do time para mais uma edição da competição. Muito disso passa pela manutenção do técnico João Vallim, que está no clube desde a campanha do acesso da A3 em 2017. 

O entrosamento pode ser uma peça crucial para o sucesso do clube limeirense no grupo. O goleiro Rafael Magrão, o lateral-esquerdo Calixto, o volante Teco e o atacante Éder Paulista são alguns dos que atuam na equipe pelo menos desde o segundo semestre do ano passado. Já outros nomes chegaram depois, mas são conhecidos do torcedor noroestino, como o lateral-direito Mizael (campeão em 2012 pelo Alvirrubro) e o atacante Leleco (bauruense, ex-Noroeste, Guarani, Botafogo-SP, Linense e Portuguesa).

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Red Bull Brasil

Como é característico de muitos clubes empresa do país, o Toro Loko utiliza o espaço para revelar jogadores. Mas ainda assim conta com atletas experientes em seu elenco para dar o balanço suficiente visando boas campanhas. Por outro lado, na área técnica, o nome da vez é jovem para a função: Ricardo Catalá, de 35 anos, antigo auxiliar, que conta com um nome experiente em seu cargo anterior. Moraci Sant’Anna, que foi preparador físico da Seleção Brasileira, do São Paulo, Palmeiras e muitos outros clubes, tem sua primeira experiência na nova função, aos 67 anos.

Em campo, as referências do Red Bull serão o goleiro Júlio César (aquele – ex-Corinthians, Náutico e Santa Cruz), o zagueiro Anderson Marques (ex-Noroeste, São Caetano e Juventude), os volantes Éder (ex-CRB, Rio Claro e São Bento) e João Denoni (ex-Palmeiras, Oeste e Ituano), além dos atacantes  Léo Castro (ex-Nacional e Ferroviária) e Ytalo (ex-Osasco Audax, São Paulo e Linense).

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Rio Claro

O Galo Azul terminou na 10ª colocação da Série A2 no primeiro semestre. Aproveitando o elenco da competição como base, além de promover atletas do sub-20, a equipe chega à Copa Paulista em um nível abaixo das principais equipes do grupo. O nome escolhido para o comando técnico é o de Adilson Francisco, que era treinador de goleiros do clube anteriormente (mais uma agremiação apostando em um novo nome como técnico).

Adilson tem em mãos um elenco bastante jovem, com o jogador mais velho sendo o goleiro Dheimison, de 29 anos (revelado pelo Osasco Audax, com passagem por Água Santa e Maringá). Entre os destaques do time, estão o zagueiro Matheus Salustiano (ex-Vitória e Oeste), o volante Felipe Hereda (ex-Guarani, Juventus e Batatais) e o atacante Gustavo Sapeca (autor de 6 gols em 8 jogos pelo clube na A2).

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XV de Piracicaba

Outro candidato ao título presente no grupo, o Nhô Quim foi semifinalista da A2 deste ano, porém mudou bastante seu elenco para a Copa Paulista. Fahel Júnior foi o escolhido para comandar os trabalhos, que tiveram jogos treinos não tão empolgantes: foram três partidas sem gols (contra Atibaia, Santo André e São Bento) e uma derrota por 1 a 0, para o Santo André. Ainda assim, o XV aposta em sua tradição para ir longe.

Tendo o setor defensivo como grande destaque no coletivo, a equipe piracicabana também espera contar com o melhor de cada atleta, entre eles o zagueiro Doni, no clube desde 2016; o meia Renan Zanelli, ex-Osasco Audax e com passagem no futebol holandês; o meia Romarinho, que já atuou por Noroeste, Penapolense, Água Santa, entre outros; e o centroavante Marcelo Fernandes, com rodagem em clubes do cenário nacional, como Bangu, Caxias e ABC.

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Noroeste

Por fim, o Alvirrubro, que deu um passo à frente na direção do acesso à Série A2, mas segue no terceiro escalão estadual. Na busca de seguir em crescimento, trouxe o campeão da A3 pelo Atibaia, Betão Alcântara, para o comando técnico. Junto com ele, vieram outros nomes do Falcão, como o goleiro Cairo, o zagueiro Júnior Campos e o volante Maranhão. A experiência também fica por conta do lateral-esquerdo Alex Cazumba, do volante Alê (dupla revelada pelo São Paulo), do meia Leandro Oliveira e do centroavante Daniel Bueno.

Da equipe que disputou a A3, além de Oliveira e Cazumba (este chegou apenas na reta final), o destaque vai para o zagueiro Jean Pierre (de boas exibições no primeiro semestre) e para o lateral-direito Pacheco (jogador importante na transição ofensiva, que disputou a Série D nacional pelo Linense). O objetivo noroestino na Copa Paulista é o de se preparar para a A3 de 2019, mas se o time render tudo que pode, dá para sonhar com alguma coisa já neste semestre.