VITÓRIA DAS CHIQUITITAS
Sesi Vôlei Bauru fica na mediocridade e perde para jogo organizado do São Paulo/Barueri
Por Fabio Toledo
A noite da terça-feira estava marcada para ser a da recuperação do Sesi Vôlei Bauru. Depois de ver sua invencibilidade do mês de janeiro ser encerrada por duas derrotas para o Itambé/Minas, o time do técnico Rubinho voltou à Panela de Pressão para dar início a uma sequência importante de partidas para se credenciar a uma briga pela terceira colocação. Só esqueceu de combinar com o São Paulo/Barueri, que entrou leve na disputa e desbancou mais uma equipe de investimento superior ao seu, com uma vitória por 3 sets a 2 (25/17, 18/25, 23/25, 25/23 e 13/15).
É bem verdade que o jogo não foi um primor de qualidade. Ao todo, foram 71 pontos por erros das equipes – 39 de Barueri, contra 32 de Bauru. Além disso, não foi decidido meramente pelo poder de fogo, uma vez que o time da Grande São Paulo teve um aproveitamento ofensivo inferior ao do Sesi (40% a 38%). Prevaleceu, de fato, a maior competência coletiva das comandadas por Zé Roberto Guimarães. Mesmo com uma média de idade na casa dos 22 anos, as “Chiquititas” superaram a maior experiência das bauruenses (média de 31 anos) com um voleibol organizado.
O elemento central do triunfo tricolor foi a relação bloqueio e defesa. Com 7 bloqueios, Diana se destacou no meio de rede, enquanto Nieme, Maira e Karina foram importantes na recomposição e contragolpe, garantindo condições para a levantadora Jacke acionar o ataque. Ali, o destaque da noite foi a oposta Lorrayna, dona de 21 pontos. Embora também tenha cometido 13 dos 39 erros do Barueri, ela foi eleita a melhor em quadra.
Por outro lado, o Sesi Vôlei Bauru apostou na sua artilharia e quase nem isso teve. Com uma recepção de baixa qualidade, variação ofensiva insuficiente e um bloqueio desaparecido, a equipe bauruense voltou à mediocridade. Assim, contra adversários de maior qualidade – ou muito organizados técnica e taticamente, como o São Paulo/Barueri – a equipe sucumbe. Um time com 45% de aproveitamento no passe só vai ganhar uma partida se conseguir compensar em outros aspectos, principalmente no bloqueio. Quando nem um, nem outro funciona, não tem milagre.
A indesejada derrota manteve o Sesi Vôlei Bauru na quinta colocação da Superliga. A equipe agora vê o Osasco, terceiro colocado, mais distante. Restou ao time buscar a quarta colocação, que pode vir no próximo jogo, no duelo direto contra o Sesc-RJ/Flamengo, as 19h da próxima sexta-feira. O São Paulo/Barueri olha com esperanças essa partida. Afinal, está a quatro pontos do Sesi, tem Brasília pela frente, em partida que ocorre neste sábado. Em um cenário perfeito, de derrota bauruense e triunfo tricolor, as Chiquititas podem terminar a rodada um ponto atrás, com três partidas pela frente.
Tifanny
No final do quarto set, a ponteira Tifanny sentiu fortes dores nas costas e precisou sair carregada em uma maca para fora da Panela. Após exames, foi identificada uma contratura muscular na região lombar, motivada pelo desgaste físico. A atleta foi levada ao hospital da Unimed e seu quadro clínico já teve grande evolução. Contudo, é possível que fique de fora da partida contra o Sesc-RJ/Flamengo. Vale ressaltar que Tifanny testou positivo para Covid-19 no final do mês passado e precisou ficar sem treinar durante a fase de quarentena. Além disso, a jogadora de 36 anos tem um histórico de alto desgaste físico de anos anteriores.
Destaques
Sesi/Vôlei Bauru
– Polina: 17 pontos (16/43, 1 block)
– Dobriana: 16 pontos (16/42)
– Tifanny: 8 pontos (8/18)
– Mara: 8 pontos (7/17, 1 block)
São Paulo/Barueri
– Lorrayna: 21 pontos (21/49)
– Karina: 13 pontos (9/28, 2 aces e 2 blocks)
– Maira: 12 pontos (11/31, 1 block)
– Lorena: 11 pontos (6/10, 2 aces e 3 blocks)
– Diana: 10 pontos (3/14, 7 blocks)
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