TORPEDO AZERI SEGUE EM BAURU
Sesi Vôlei Bauru confirma a permanência de Polina, melhor oposta da última Superliga
Por Fabio Toledo
Quando o Sesi Vôlei Bauru começou a realizar seus primeiros anúncios para a temporada 2020-21, extra-oficialmente, já se sabia das importantes renovações de contrato. Dani Lins, Adenízia, Tifanny, Mayhara e o técnico, Anderson Rodrigues, tiveram as permanências confirmadas no último mês. Agora, chegou a vez da atleta que mais se destacou na equipe bauruense no último ano. Polina Rahimova fica mais uma temporada na Cidade Sem Limites.
A oposta nascida no Uzbequistão, mas que defende o Azerbaijão no voleibol internacional chegou com alta expectativa no Vôlei Bauru. Com 1,98 m, grande envergadura, logo mostrou nos treinos a que veio. O ataque potente, variando com bolas mais colocadas, saque viagem com bastante efeito, um perigo pra qualquer recepção. Polina apresentou tudo e mais um pouco. Não por menos, terminou a Superliga como a melhor oposta da competição – numa posição que conta com nomes de peso, como Tandara e Sheilla.
Em muitas ocasiões, a Poli foi o desafogo bauruense, que sofreu com o passe ruim, e foi o nome mais importante no ataque. Isso se reflete nos números. O primeiro deles, a quantidade de partidas nas quais a atleta fez mais de 20 pontos: 11 vezes. No total, anotou 428 tentos, 59 a mais do que a segunda maior pontuadora da Superliga, Lorenne (então no São Paulo/Barueri). Índice superior também na relação de pontos por set – 5,28, contra 5,16 de Tandara.
Outro quesito de destaque de Rahimova é o saque, mas precisamos de maior reflexão. Afinal, com 45 aces, a azeri foi a jogadora que mais pontos obteve no serviço. Thaisa, do Minas, ficou em segundo lugar, com nove aces a menos. Sabe-se que a potência do saque de Polina, com o efeito que ela coloca na bola, exige muito das adversárias. É um saque que, bem realizado, tem um alto índice de sucesso. Porém, o grau de dificuldade na sua realização também é alto. Da mesma maneira que a camisa 17 teve ótimos serviços, ela teve passagens ruins no fundo da quadra. O limiar entre o saque mortal e o erro passou constantemente, inclusive em momentos importantes dos jogos.
Uma pertinente observação ao longo da última temporada foi como o desempenho da Polina cai no decorrer de partidas longos. Muito disso aconteceu por conta das dificuldades do Vôlei Bauru em acertar o passe, sobrecarregando a atacante mais eficiente, que cansava mais cedo do que poderia. Por isso, é de suma importância que a reformulação do time comandado por Anderson Rodrigues seja pensada em garantir maior qualidade no passe, para ajeitar o ataque a partir de Dani Lins, a fim de utilizar mais as opções e administrar as condições físicas das atletas no decorrer do jogo, inclusive Polina.
Com sua permanência, o Sesi Vôlei Bauru tem a construção de um time baseado em quatro grandes pilares: a levantadora Dani Lins, a central Adenízia, a líbero Brenda Castillo e a oposta Polina. Quatro nomes de peso, complementados por Tifanny, Mara Leão, Mayhara, Carol Leite e Vanessa Janke, todas anunciadas pela equipe. Em breve, traremos um texto especial para falar das recém contratadas, que devem compor a rotação do time bauruense.
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