DEU NO QUE DEU
Sesi Vôlei Bauru sofre acachapante derrota para Osasco/São Cristóvão
Por Fabio Toledo
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“É fato que o Sesi Vôlei Bauru não contou novamente com a levantadora Dani Lins, em processo de recuperação de uma lesão nas costas, além de Polina Rahimova, testada positivo para o novo coronavírus. Além disso, a qualidade ruim da quadra da Superliga gera um desconforto para as atletas, temerosas de escorregões e possíveis lesões. No entanto, os problemas no passe não são novidade, nem a pouca presença do bloqueio. Por mais que tenha um grande arsenal ofensivo com Tifanny, Polina – Pamela, inclusive, a substituiu relativamente bem –, Mara e Adenízia, pouco adianta com um passe quebrado e menos oportunidades de contragolpe”.
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“Como abriu a rodada, em jogo único da segunda-feira, o Bauru dormiu na liderança. Mas não dá pra se enganar: há muito a melhorar nesse processo de aprimoramento da equipe com o técnico Rubinho. Com um passe inconsistente, um ataque de altos e baixos e um bloqueio que tem dificuldades em aparecer quando é mais necessário, não será possível bater de frente com os adversários diretos na parte de cima da classificação”.
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“Chegando ao final da quarta rodada, o Sesi Vôlei Bauru apresenta inconsistências, como no passe e no bloqueio/defesa. Cabe destacar que Suelle, então com 49% de positividade na recepção na Superliga, teve 66% no jogo desta sexta. Além disso, contribuiu com 13 pontos. Por outro lado, as centrais Mara e Adenízia não repetiram o mesmo desempenho de outras partidas, ficando ambas bem abaixo do aproveitamento ofensivo e mesmo dos bloqueios”.
Bom, tendo em vista os problemas apresentados pelo Sesi Vôlei Bauru nas três últimas partidas, não dá pra dizer que uma derrota por 3 sets a 1 para o Osasco/São Cristóvão é surpreendente. Seria preciso apresentar um desempenho inédito nesta Superliga para um resultado diferente (no caso, vitória bauruense) aparecer. Só não precisava ser tão acachapante como foi no José Liberatti. As parciais falam por si só: 25/20, 25/18, 23/25 e sonoros 25/11.
O Sesi Vôlei Bauru, de atletas de nível internacional, como Dani Lins, Adenízia, Polina Rahimova e Brenda Castillo, montado com o objetivo de, enfim, brigar pelo título da Superliga, teve um comportamento de equipe da parte de baixo da classificação. Teve um bom set, no qual apresentou alguma qualidade, mas foi presa fácil nos demais períodos. A parcial vitoriosa foi uma exceção no meio do péssimo jogo realizado pelas comandadas do técnico Rubinho. No final, ainda teve aquele set tradicional que o time inferior, sem mais forças, leva a “goleada”.
O que levou o Sesi Vôlei Bauru à derrota? Os problemas de sempre: passe quebrado, baixo aproveitamento ofensivo e enormes dificuldades do bloqueio e da defesa segurarem os ataques adversários. No único set de alto nível da equipe, tudo isso fluiu. A partir da boa recepção, Carol Leite acionou as atacantes com qualidade e até mesmo o bloqueio, com Adenízia, brilhou. Já no restante, Osasco sobrou nos bloqueios e contragolpes. Não por menos, o aproveitamento ofensivo das anfitriãs foi de 47% (contra 38% de Bauru), além de um 11 x 5 nos pontos em bloqueios.
Vale ressaltar como o Osasco/São Cristóvão mostrou evolução em seu jogo ao longo dos cinco encontros diante do Sesi Vôlei Bauru. A derrota na primeira partida foi um divisor de águas para as comandadas do técnico Luizomar de Moura. Ainda assim, esse crescimento da equipe é natural, devido ao maior ritmo de jogo e maior conhecimento entre as atletas, principalmente as que chegaram ao clube nesta temporada. Por outro lado, Bauru não apresenta evoluções, com Anderson Rodrigues ou com Rubinho na área técnica.
Pra piorar a situação, o Sesi Vôlei Bauru viu uma ex-jogadora sua ser o grande nome da vitória do Osasco/São Cristóvão. Com 18 pontos, Gabi Cândido fez uma ótima partida, passando bem e com um aproveitamento ofensivo de 52% em 33 ataques. Ela substituiu Tai Santos e rendeu tal qual a titular da posição. Já Bauru tem problemas em encontrar um plano B em seu elenco. Quem sabe, com mais espaço para as jogadoras da base, até para mexer com o brio das mais experiente do time bauruense?
De qualquer modo, pelo que vem jogando e pela postura apresentada, a equipe bauruense já tem conhecimento de sua sina. Dia 27, tem tudo para vencer São José dos Pinhais, fora de casa. Mas que não se engane, pois dia 2, diante do Itambé/Minas, a realidade pode ser tão ou mais nefasta do que a apresentada nesta terça-feira, em Osasco.
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