DE VOLTA A SAQUAREMA
Sesi Vôlei Bauru encara Itambé/Minas em busca de classificação inédita para a final da Copa Brasil
Por Fabio Toledo
Apesar da Superliga já estar no meio do returno da primeira fase, sua competição spin-off será decidida neste fim de semana. No Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), casa das seleções brasileiras, em Saquarema, quatro equipes disputam o título da Copa Brasil. Na briga estão exatamente os quatro times que compõem o G4 de momento do certame nacional: Itambé/Minas, Dentil/Praia Clube, Osasco/São Cristóvão e Sesi Vôlei Bauru.
De um lado, praianas e osasquenses reeditam o confronto que decidiu a Copa Brasil de 2018. Na ocasião, deu Osasco por 3 a 0, mas agora será mais complicado para o time da Grande São Paulo. O jogo do primeiro turno da Superliga, em dezembro, foi decidido no tie-break, com vitória do Osasco. Porém, o Praia teve um janeiro mais regular, enquanto Osasco perde para o São Paulo/Barueri, caindo da vice-liderança para a terceira colocação, para, em seguida, ter mais um surto de Covid-19 em seu elenco. Pelos momentos distintos, o clube de Uberlândia é favorito para o confronto, que acontece às 21h30 desta sexta-feira.
Já às 19h acontece o outro confronto desta semifinal, entre Itambé/Minas e Sesi Vôlei Bauru. No histórico de confrontos entre as equipes, o domínio é completo das mineiras. Afinal, em 13 partidas oficiais, o Minas venceu 12. O único triunfo bauruense aconteceu em 28 de outubro de 2016, quando o então Genter/Vôlei Bauru venceu por 3 a 1 na Panela, contando com ótima exibição defensiva do fundo quadra e Thaisinha como maior pontuadora. Desse confronto, seis atletas estarão presentes nesta 14ª partida.
Do lado bauruense, Brenda Castillo estava na vitória, assim como Mari Cassemiro (esta como titular, diferente da situação atual). Na época defendendo o Minas, Mara estará do lado oposto, enquanto que Carol Gattaz, Pri Daroit e Léia vão jogar do lado mineiro. Em mata-matas, as duas equipes se encontraram uma vez, na temporada 2016-17 da Superliga, dando o Minas. Outro ponto importante é a quantidade de vezes que os times alcançaram a final da Copa Brasil: o Minas esteve em duas das últimas quatro, enquanto que o Sesi Vôlei Bauru não chegou à decisão, embora o antigo Sesi-SP tenha sido finalista, em 2014 e 2015.
Na atual Superliga, as mineiras só perderam uma partida, para o Osasco, em novembro. O time comandado por Nicola Negro tem mantido a regularidade ao longo da temporada, com a base titular mais forte do país. Individualmente, conta com a levantadora Macrís em mais um ótimo ano. Também não surpreende o desempenho da central Thaisa, forte candidata ao prêmio de MVP da Superliga. Além desses dois nomes nacionais, podemos ressaltar Carol Gattaz e Léia, outros dois nomes de enorme qualidade do país. Por fim, o toque internacional: a ponteira Megan Easy e a central Danielle Cuttino, dupla estadunidense de grande importância para a distribuição ofensiva.
Minas é favorito no duelo. Por outro lado, o Sesi Vôlei Bauru vem crescendo no returno da Superliga. Isso é notório não pelos resultados de janeiro, com 6 vitórias em 6 jogos, pois somente enfrentou o Sesc-RJ/Flamengo dos cinco primeiros colocados, mas sim pela maneira como venceu. Tirando os dois confrontos com as rubro-negras, foram quatro vitórias das quais o Sesi perdeu somente um set e venceu muitas parciais com propriedade. Mais ainda: viu atletas que estavam em baixa crescerem. O caso principal é da central Adenízia, que chegou a ser opção de banco no início do mês e terminou janeiro como um dos destaques do campeonato.
Em termos de time titular, a vantagem é mineira, tanto pela qualidade, como pelo tempo que boa parte dessas atletas atuam juntas. Por outro lado, o Sesi Vôlei Bauru se agarra neste crescimento recente e nas maiores possibilidades dentro do elenco. É provável que o técnico Rubinho leve à quadra um time com Dani Lins, Dobriana, Tifanny, Polina, Adenízia, Fê Ísis e Brenda. Contudo, ele também tem outras opções que podem encaixar diante do Minas, como Suelle ou Vanessa na ponta – em caso de buscar um passe mais ajustado –, Tifanny como oposta, na inversão do cinco um – para um possível momento de baixa de Polina –, Mara para reforçar o bloqueio no meio de rede.
Depois de mais da metade da temporada, o Sesi Vôlei Bauru tem mostrado, enfim, um elenco de nível de G4 da Superliga. Se vai ser o suficiente para desbancar o Itambé/Minas em Saquarema, só saberemos nesta sexta-feira. O jogo vai passar no SporTV, assim como terá transmissão (sem imagem do jogo) do canal do Jornada Esportiva no YouTube, com participação da LE.
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