PELO MENOS O EMPATE
Na capital paulista, Noroeste não sai do zero com o Nacional
Por Fabio Toledo
Os noventa minutos iniciais do duelo de quartas de final da Série A-3 foi pra conta. No estádio Nicolau Alayon, na capital paulista, o Noroeste encarou o Nacional, num duelo entre o primeiro e o oitavo da fase classificatória, onde tais posições nada tiveram a ver. No final das contas, o jogo terminou em 0 a 0. Porém, pela agitação da partida, o placar poderia ter sido outro.
Se olhar pelos 45 minutos do primeiro tempo, quem tem mais a lamentar é o Nacional. Isso porque a equipe do técnico Tuca Guimarães teve espaço e foi pra cima da defesa noroestina. Não fosse o goleiro Pablo, o placar teria se movimentado. Já na etapa complementar, principalmente nos 30 minutos finais, o Alvirrubro teve maior volume diante de um Ferrinho mais cansado. Aí, os gols perdidos também foram notórios. Por mais que o Naça tenha sido melhor ao longo da partida, o Norusca também tem o que lamentar.
Contudo, na estratégia de 180 minutos desse mata-mata, o time do técnico Luiz Carlos Martins agora decide em casa. Às 17h30 do próximo sábado, no Alfredão, uma vitória simples dá a classificação ao Noroeste – assim como o triunfo do Nacional. Já caso ocorra mais um empate, a decisão fica para os pênaltis.
Domínio do Naça
Desde os primeiros movimentos de jogo, o Nacional fez prevalecer seu plano sobre o do Noroeste. A partir de uma superioridade de seu meio de campo, os donos da casa tiveram a posse da bola e frequentaram bastante a intermediária ofensiva. O Norusca não pressionou a saída de jogo adversária e via a todo momento sua defesa ser testada. Pelo meio, seria mais difícil para o Naça. Então, o time trabalhou a partir dos lados, nas tabelinhas dos laterais, Matheus e Alanderson, com os meias, Wellington, Luquinhas e Guilherme Lobo.
Nos cruzamentos na área, muitos deles pararam na zaga, bastante segura no jogo aéreo. Ainda assim, em cabeçada de Gabriel com desvio, Pablo foi acionado pela primeira vez. Logo em seguida, do outro lado, o Noroeste conseguiu escanteio. Richarlyson cruzou na segunda trave e Guilherme Teixeira apareceu, livre, para o desvio. Por sorte do Nacional, a cabeçada foi na rede pelo lado de fora. Com 10 minutos, as equipes tinham ao menos esse ligeiro equilíbrio nas oportunidades. Contudo, eram os anfitriões que construíam mais oportunidades.
O Noroeste seguiu todo o primeiro tempo pouco agressivo na marcação, fechado nas proximidades de sua grande área e permitindo o avanço adversário. Jogadas em velocidade, com a dupla Fidel Rocha e Pedro Felipe, eram escassas. Quem apareceu mesmo do lado noroestino foi o goleiro Pablo, principalmente aos 45 minutos. Foi quando ele cortou o cruzamento de André Rocha, mas Maranhão não conseguiu afastar. Depois de Wellington desviar, a bola chegou a Tavares, dentro da área, que girou e bateu cruzado. Pablo se esticou todo pra fazer brilhante defesa.
A volta do intervalo
Para a etapa complementar, França substituiu Maranhão, com cartão amarelo, no meio-campo. O Noroeste precisava se impor mais na partida, pra não voltar a ter problemas, mas antes contou com a sorte. Guilherme Lobo recebeu bola rasteira vinda da esquerda e bateu no contrapé de Pablo. A redonda, porém, foi pra fora. Depois, Wellington, pela canhota, fez um cruzamento despretensioso, que precisou de um desvio em Pablo e no travessão pra não entrar dentro do gol.
Só que, com o passar do tempo, o ímpeto do Naça se misturava ao cansaço. O Norusca, então, teve mais espaço pra jogar, pressionou a saída de jogo adversária e conseguiu boas chances para fazer o gol. Uma delas veio justamente pela pressão no passe adversário. Na acelerada de Pedro, ele desviou o passe de Gabriel Vieira e se antecipou ao goleiro Douglas na dividida. Contudo, o toque por cobertura foi ao lado do gol.
O Noroeste conseguia ter maior volume ofensivo, mas a qualidade na conclusão estava em falta mais uma vez. Tiveram até tentativas de gols olímpicos por parte de Richarlyson, mas o goleiro Douglas esteve atento. Nas mexidas noroestinas, Leléco deu lugar a Fidel – bastante sumido no jogo – e Denilton substituiu um exausto Richarlyson. Por mais que o Alvirrubro tivesse volume ofensivo na reta final, não conseguiu tirar o zero do placar.
Nacional 0 x 0 Noroeste
Nacional: Douglas; Alanderson, Gabriel Moreira, Diego Chiclete (Júlio) e Matheus Barros (Léo Machado); André Rocha, Matheus Teta (Gabriel Vieira), Luquinha (Vinícius), Wellington e Guilherme Lobo; Tavares. | Técnico: Tuca Guimarães
Noroeste: Pablo; Blade, Jean Pierre, Guilherme Teixeira e Renan; Jonatas Paulista, Maranhão (França), Igor Pimenta e Richarlyson (Denilton); Fidel (Leléco) e Pedro Felipe. | Técnico: Luiz Carlos Martins
Jogos de ida das quartas de final da Série A-3
Batatais 0 x 3 EC São Bernardo
Linense 0 x 1 Comercial
Nacional 0 x 0 Noroeste
Velo Clube 2 x 0 Capivariano
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