É CLÁSSICO!
Noroeste e Marília fazem clássico importante pela Série A3
Dérbi entre Alvirrubro e Alviceleste volta a acontecer em Bauru após quase seis anos
Por Fabio Toledo
Passada a metade inicial da fase classificatória da Série A3 do Campeonato Paulista, as equipes já têm seus objetivos definidos. Noroeste e Marília vivem em lados opostos na tabela. Enquanto o Alvirrubro tenta se manter entre os quatro primeiros, visando vantagem de mando de campo para o mata-mata, o Alviceleste luta para escapar do rebaixamento. Porém, nesta quarta-feira, às 20h, no Alfredão, o confronto entre as equipes vai além da classificação: é o grande clássico esperado entre Norusca e MAC.
Histórico
O último confronto entre as equipes no estádio Alfredo de Castilho foi há quase seis anos. Na ocasião, era disputada a Copa Paulista. Em 29 de agosto de 2012, o Marília vinha de uma derrota por 4 a 1 para a Santacruzense, enquanto o Noroeste venceu o Barretos. Mas com a bola rolando, melhor para o Tigre, que contou com dois gols de Thiago Santos para se recuperar na competição. A partida também marcou a saída do técnico Amauri Knevitz do comando do Norusca. Posteriormente, Moises Egert assumiu a equipe e a conduziu até o título da Copa Paulista.
Seis anos se passaram, as equipes se desencontraram nas divisões até o ano passado, quando o clássico aconteceu no Abreuzão e terminou com vitória maqueana por 1 a 0, gol do jovem Matheus Marcondele – hoje no Osasco Audax. Agora, o duelo que movimenta o Centro-Oeste Paulista volta a acontecer em Bauru. E o momento favorável ao Noroeste é a melhor oportunidade que o clube precisa para acabar com o longo jejum no clássico.
Apesar de tanto tempo sem se enfrentarem, o último triunfo noroestino foi há quatro duelos, em 31 de julho de 2010, pela Copa Paulista. Com gol de Adilson, o Noroeste (que tinha o goleiro Yuri, o zagueiro Bonfim, o lateral-esquerdo Roque, o meia Giovanni e o atacante Rafael Aidar) derrotou por 1 a 0 o Marília (de Gabriel Bortoletto – posteriormente conhecido como Gabriel Barcos, que atuou em 2017 no Norusca).
A história do clássico entre Tigre e Locomotiva começou em 1953, pelo então Paulista da 2ª Divisão (atual Série A2). Também foi a primeira partida em competição oficial do MAC. De lá pra cá, foram 85 partidas, com 32 vitórias do Noroeste, 30 do Marília e 23 empates. Em Bauru, o dérbi se realizou em 38 ocasiões, com 20 vitórias alvirrubras, 10 alvicelestes e 8 empates.
Como vem o Noroeste?
O empate em 2 a 2 com o Grêmio Osasco deu a sensação de que o Norusca poderia ter ido melhor, não fosse os problemas defensivos na bola parada. Porém, uma vitória contra o arquirrival – com a possibilidade de piorar sua atual situação – geraria mais paciência da torcida para o decorrer da competição. Já um tropeço criaria certa descrença com a equipe. Esta é a faca de dois gumes chamada clássico.
Voltar a enfrentar o MAC no Alfredão depois de tanto tempo anima e dá confiança ao elenco noroestino. “Por ser um clássico, é um jogo muito especial. Mas nós estamos por um objetivo na tabela, eles por outro. Então, nossa obrigação por estar jogando em casa é de vencer. Clássico é sempre bom jogar e é sempre nos detalhes que se resolve ele. Precisamos estar focados para sairmos daqui felizes, com os três pontos garantidos e mantidos no G4”, comenta o zagueiro e capitão Marcelinho.
Para o técnico Alberto Félix, partidas assim são especiais. “Sei que é um clássico, uma rivalidade muito grande e, independentemente do momento que cada time passa, o jogo vai ser muito difícil. Precisamos ter equilíbrio e consciência de que estamos no caminho certo”. Ele terá o desfalque do zagueiro Jean Pierre, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, que deve ser substituído por Marcelo Augusto. Por outro lado, conta com o retorno do lateral-esquerdo Ricardinho.
Entre as opções para fazer parte da equipe, Alberto tem o centroavante Romão, que não está 100% fisicamente, mas já está liberado para jogar. O meia Alef, preterido na última partida, mas que já fez boas apresentações na Série A3, é mais uma possibilidade na formação. Assim como o atacante Flávio, vindo de boa entrada no segundo tempo, sendo a opção mais viável caso o treinador pense em maior presença de área. Por fim, tem o meia Michel, que deixou a titularidade após a derrota para o Barretos e não foi mais relacionado, mas pode receber mais uma oportunidade.
Como vem o Marília?
Depois de um início ruim, marcado pelo troca de treinadores e chegada do experiente Luiz Carlos Ferreira (o anterior, Jorge Rauli, virou diretor de futebol), o MAC viveu um momento positivo após empatar com o Velo Clube em Rio Claro. Venceu São Carlos, Matonense e deixou a zona de rebaixamento ao bater o Desportivo Brasil. Porém, na última rodada, foi goleado por 4 a 0 pelo Taboão da Serra e voltou ao Z6. Com a crise dentro de campo batendo na porta, o clube dispensou três jogadores – os volantes Alceu e Wallace Rato, por questões físicas, além do meia Jaílton, que teria discordado sobre sua substituição na última partida.
O clima não é nada bom pelas bandas do Abreuzão, mas uma vitória no clássico garantiria um respiro ao Tigre. O técnico Ferreirão tem os desfalques do meia Jonathan Almeida e do atacante Thiago Santos – o mesmo dos gols no clássico em 2012. Quer uma surpresa maior? Seu substituto pode ser Adilson – o do tento da vitória do Norusca em 2010! O centroavante de 31 anos está um mês fora dos gramados, por conta de uma lesão facial ocorrida diante do Olímpia.
O elenco alviceleste é composto por muitos atletas jovens. Na goleada sofrida para o Taboão, a média de idade do time titular foi de 24 anos, puxada pelo experiente goleiro Gilson, de 38 anos, com passagem pela Ponte Preta, e pelo zagueiro e volante Rafael Fefo, revelado pelo Corinthians. A esperança de gols do MAC fica nos pés de Du Gaia, que balançou a rede na A3 em três ocasiões.
Expectativa de casa cheia
O Noroeste espera receber cerca de 5 mil pessoas para o clássico nesta quarta-feira, sendo que desse número, cerca de 100 a 200 torcedores sejam do Marília. Assim, a segurança será reforçada por um maior efetivo da Polícia Militar (mais de 60 policiais), com direito à utilização do helicóptero Águia.
Os prováveis
Noroeste: Ferreira; Pacheco, Marcelo Augusto, Marcelinho e Ricardinho; Alex Silva, Maicon Douglas, Leandro Oliveira, Samuel e Vilson; Wellington (Flávio).
Marília: Gilson; Rafael Mineiro, Eduardo Grasson, Rafael Fefo e Jamerson; Pablo, Matheus Alexandre, Marquinhos e Alisson; Du Gaia e Galego (Adílson).
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