DIA DE FOLIA?
Ainda sem Richarlyson, Noroeste recebe Nacional na busca pela recuperação na Série A3
Por Fabio Toledo
O peso da invencibilidade já não está mais nas costas do Noroeste. Derrotado pelo Linense no último sábado, o Alvirrubro teve uma semana pra refletir, descansar e treinar visando a recuperação na Série A3. Mantendo-se no primeiro lugar, com ainda quatro pontos de frente para os vice-líderes – Velo Clube, Linense e Batatais –, o Norusca entra em campo neste sábado contra o Nacional, às 16h, no Alfredo de Castilho.
Se a folia vai acontecer no Alfredão, só saberemos depois dos 90 minutos. Fato é que o time comandado por Luiz Carlos Martins defende a hegemonia em casa. Em três partidas em Bauru, foram três vitórias: 1 x 0 sobre o Marília, 2 x 0 diante do Paulista e 3 x 0 pra cima do Batatais. Principalmente diante de MAC e Batatais, a equipe soube se impor como mandante e vai precisar fazer o mesmo contra o Naça, do técnico Tuca Guimarães, velho conhecido – e não muito querido – da torcida noroestina.
Com Tuca, também estão no Nacional alguns atletas que passaram pelo Noroeste, casos do lateral-esquerdo Ricardinho, do meia Jadson e do volante André Rocha, que estiveram no norusca na mesma época de Tuca, além de Emerson Mi, veterano meio-campista que passou pelo Alfredão em 2013. O time da capital paulista busca sair jogando com a bola no pé, apostando na qualidade técnica de André Rocha, mas o time como um todo possui limitações.
Do meio de campo pra trás, o Naça conta com atletas mais experientes. São os casos do goleiro Luis Henrique, com passagem de destaque pelo interior do Estado do Rio de Janeiro; do zagueiro Diego Chiclete (ex-EC São Bernardo) e dos próprios André Rocha e Emerson Mi. O ataque, contudo, tem sido uma aposta na juventude, com Vinícius Faria (20) e James Dean (22) pelos lados, além de Gustavo Índio (22), autor do gol de empate contra o Linense na última terça-feira.
O empate é, justamente, o resultado mais comum do Nacional nesta Série A3. Foram quatro jogos levando um ponto em seis disputados, com mais um detalhe: três desses quatro empates aconteceram com gol sofrido em cobrança de pênalti. O Naça pode se descuidar no desarme e provocar a infração máxima. O Norusca, que possui jogadores de boa qualidade individual – como Yamada e Fabrício Daniel –, pode usar deste artifício extra na busca pelo gol.
O técnico Luiz Carlos Martins tem mais uma vez a chance de repetir a escalação. Apenas o lateral-direito Carlinhos, que fará cirurgia no joelho e não volta para esta Série A3, é desfalque. Já Richarlyson, finalmente anunciado e apresentado à imprensa como jogador do Noroeste, começa a treinar diretamente com o elenco na segunda-feira, pensando em uma possível estreia a partir do outro final de semana.
Quem tem mais probabilidade de estar pelo menos no banco neste sábado é o volante França. Porém, ele vai ter de disputar uma vaga entre os relacionados com outros nomes que, em anos anteriores, eram titulares do Noroeste: Rogério Maranhão e Diego Souza. Isso porque John Egito e Leandro Oliveira, outros meias que têm sido relacionados, fazem parte das opções para o segundo tempo das partidas e quase sempre têm entrado em campo.
Observando o desempenho do Nacional nas outras partidas, é possível dizer que o Noroeste tem condições de controlar o meio-campo, principalmente se dificultar a saída de jogo pelo chão dos visitantes. Por outro lado, terá de ficar atento com as descidas pelos lados, que devem exigir bastante trabalho defensivo dos laterais alvirrubros. A probabilidade que o Norusca tenha maior volume ofensivo que o Naça é grande, mas vai ser necessária muita atenção para as investidas adversárias.
Os prováveis
Noroeste: Pablo; Juninho, Jean Pierre, Guilherme Teixeira e Renan; Matheus Blade, Jonatas Paulista, Igor Pimenta e Yamada; Pedro Felipe e Fabrício Daniel. | Técnico: Luiz Carlos Martins
Nacional: Luis Henrique; Alan, Gabriel, Diego Chiclete e Thiago Pereira; André Rocha, Matheus Teta e Jadson (Emerson Mi); Vinicius Faria, James Dean e Gustavo Índio. | Técnico: Tuca Guimarães
Arbitragem: Willer Fulgêncio Santos, com Diego Morelli de Oliveira e Wellington Bragantim Caetano
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