ESPECIAL PAULISTA DE BASQUETE 2019
Por Fabio Toledo e Lucas Guanaes
Quem aí está com saudades de ver a bola quicar pelo Brasil?
Então já pode preparar a sua tela preferida, pois o Campeonato Paulista está para começar! Tradicionalmente o estadual mais forte do país, o Paulistão 2019 contará com 13 equipes, sendo que nelas estão nove das 16 participantes do próximo NBB. Os times foram divididos em dois grupos, da seguinte maneira:
Grupo A – América, Sesi Franca, Liga Sorocabana, Mogi das Cruzes, Osasco, Pinheiros e São Paulo
Grupo B – Bauru, Corinthians, Paulistano, Rio Claro, São João e São José
As equipes se enfrentarão em turno e returno dentro do próprio grupo, sendo que os seis primeiros avançarão aos playoffs (apenas uma equipe ficará de fora no grupo A, portanto). Os dois primeiros de cada chave, contudo, vão direto para as quartas de final, enquanto os que ficarem de 3°a 6° disputarão as oitavas no seguinte sistema: 3°A x 6°B, 4°A x 5°B e assim por diante.
Todas as séries de playoff serão disputadas em melhor de três. E assim como na última temporada, todos os jogos, incluindo os da primeira fase, serão transmitidos via Youtube, na TV FPB. A tabela, que não terá parada para o Mundial, pode ser encontrada neste link.
Sem mais delongas, vamos às equipes participantes!
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Quem ainda está disponível no mercado
América de Rio Preto
Cidade: São José do Rio Preto
Ginásio: Centro Regional de Eventos (capacidade para 6 mil pessoas)
Elenco: Tiroga, João Pedro e André César (armadores); Gustavo Grellet, Dwight Gentry, Radamés, João Felipe e Arian (alas); Guilherme Itaquá, Damião, João Miguel, Rodrigo, Marcos e Ricardo (pivôs)
Quinteto base: Tiroga, Gustavo Grellet, Gentry, Radamés e Guilherme Itaquá
Técnico: Marininho Manella
Os dois maiores motivos para o Campeonato Paulista classificar todos os integrantes para os playoffs são: dar maior visibilidade e calendário às equipes “menores”, que têm no estadual seu principal compromisso no ano, e servir como uma pré-temporada de luxo para os participantes do NBB e torneios internacionais. O América talvez seja um dos maiores representantes da primeira categoria, apostando todas suas fichas no certame estadual.
Presente há alguns anos na competição, o América mais uma vez terá um elenco modesto, com destaque para os alas Radamés e Dwight Gentry. O americano, inclusive, chegou no final do último Paulistão e é o grande líder do time, puxando todas as suas estatísticas, podendo até brigar nas cabeças entre os cestinhas. O elenco, entretanto, é menos qualificado que o da última temporada, quando a equipe não chegou aos playoffs.
Nesta edição, a ideia inicial era que todos os times avançassem aos playoffs. Contudo, a quantidade ímpar de integrantes impediu tal circunstância e, por isso, um dos integrantes do Grupo A, onde está o América, ficará de fora. Em tese, os rio-pretenses brigarão com Osasco e LSB pelas duas últimas vagas do grupo. Destes três, os americanos e sorocabanos chegam no embalo dos respectivos títulos dos Jogos Regionais.
Sendi/Bauru Basket
Cidade: Bauru
Ginásio: Panela de Pressão – capacidade para 2.200 pessoas
Elenco: Lucas Faggiano, Larry Taylor e Lucas Brito (armadores); Kevin Crescenzi, Nick Wiggins, Nicolas, Samuel Pará e Emanuel (alas); Renato Carbonari, Gabriel Mendes e Malachias (pivôs)
Quinteto base: Faggiano, Larry, Wiggins, Renato e Gabriel
Técnico: Demétrius Ferracciú
A temporada 2019/2020 deve marcar uma nova fase de estabilização no Bauru Basket. Afinal, após o período das “vacas gordas”, que durou até o título do NBB9, a equipe sofreu com a expectativa para se manter no topo das tabelas sem um elenco qualificado para tal. Quando o escrete parecia promissor, lesões e demais problemas puxavam o time novamente para baixo. A temporada passada, na qual o Dragão teve mais derrotas que vitórias, foi um grande exemplo disso.
Assim, a diretoria buscou atletas de qualidade, sim, mas sobretudo com uma boa condição física e disposição nos treinamentos. Ainda que com nomes mais modestos que o rival Sesi Franca e as novas forças Corinthians e São Paulo, o Bauru tem bons nomes, como Faggiano, Carbonari, Gabriel Mendes e, como sempre, Larry Taylor. O ala Nick Wiggins poderá atuar a partir da segunda rodada e pode ser um fator de desequilíbrio, concentrando a maior parte das finalizações ofensivas do time. O Dragão ainda busca mais um ala/pivô estrangeiro, que pode chegar ainda no início do Paulista.
Sem convocados ou lesionados que entrariam no decorrer da competição (Jaú só volta em novembro), o entrosamento será priorizado na primeira fase do Paulista para garantir bons playoffs e um início de NBB seguro, coisas que não ocorreram no último ano. Uma boa classificação daria à equipe a vantagem do mando de quadra até a final, além de escapar de um cruzamento precoce contra Corinthians ou Paulistano.
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Corinthians
Cidade: São Paulo
Ginásio: Wlamir Marques – capacidade para 6.800 pessoas
Elenco: Ricardo Fischer e Arthur Pecos (armadores); Kyle Fuller, Tracy Robinson, Humberto, Felipe Vezaro e Daniel Haydin (alas); Anthony Johnson, Guilherme Teichmann, Wesley Castro, David Nesbitt e Douglas Santos (pivôs)
Quinteto base: Pecos, Fuller, Robinson, Wesley e Johnson
Técnico: Bruno Savignani
O ano de 2018 foi especial para o torcedor corintiano no esporte da bola laranja. Isso porque, após anos longe do cenário do basquete adulto, o clube de Parque São Jorge retornou com um time próprio. Campeão da Liga Ouro, montou uma equipe com nomes de experiência na elite nacional. Porém, o rendimento não foi o esperado. Na primeira competição da temporada 2018/19, justamente o Paulista, demorou para engrenar. Foi quase um turno até obter a primeira vitória, e isso pesou no final da fase de classificação, deixando o Alvinegro de fora dos playoffs.
A primeira experiência no NBB já foi menos traumática. Ainda assim, esteve longe de brigar por título, algo que a diretoria esperava para aquele elenco – exigência maior do que a qualidade de fato do time. Para chegar ao patamar que se deseja, o Timão se mexeu. Arthur Pecos, Felipe Vezaro, Wesley Castro e David Nesbitt, bons nomes vindos de Mogi, Joinville, Minas e Flamengo, respectivamente, são importantes reforços. Contudo, são as chegadas de dois gringos novatos no basquete nacional, Robinson e Johnson, além da permanência de Kyle Fuller, que podem dar ao Corinthians um patamar ainda mais alto, capaz de brigar por títulos.
O clube fez um bom trabalho preparatório, aprendendo com o erro da última edição, quando demorou para iniciar os treinamentos. Na história do Campeonato Paulista, o Timão é o maior campeão, com 14 conquistas. Porém, o último troféu levantado no estadual foi ainda em 1985. O objetivo dos comandados do técnico Bruno Savignani é quebrar esta sequência com o pentadecacampeonato. Existem concorrentes fortes na disputa, mas o Corinthians tem condições de ir longe e acreditar neste retorno às glórias.
Sesi Franca
Cidade: Franca
Ginásio: Pedro Morilla Fuentes (Pedrocão) – capacidade para 6 mil pessoas
Elenco: Luciano Parodi, Elinho e Jean Lucas (armadores); David Jackson, Jimmy, Leo Schattman, Lucas Dias, Gui Abreu e Gui França (alas); Rafael Hettsheimeir, Lucas Cipolini, Márcio, Edu Marília e Augusto (pivôs)
Quinteto base: Parodi, Jimmy, David Jackson, Lucas Dias e Hettsheimeir
Técnico: Helinho Garcia
O grito de campeão estava entalado na garganta do torcedor francano. Porém, depois de 10 anos, a equipe da Capital do Basquete pôde comemorar o título paulista – e o da Liga Sul-Americana. Desbancar rivais da atualidade, como Bauru e Paulistano, e obter o domínio estadual foi um grande feito para o Franca, indo para a terceira temporada de parceria com o Sesi SP. No entanto, o vice-campeonato do NBB, derrotado pelo Flamengo, deixou um gosto amargo no final.
É claro que manter a hegemonia em São Paulo está na mente do Sesi Franca neste início de temporada. Ainda mais pela qualidade do elenco, que não só teve a permanência de toda a base titular (apenas Alexey, Didi e André Góes, atletas da rotação, saíram), como se reforçou com dois bons nomes. O primeiro é o armador uruguaio Luciano Parodi, que fez ótimo NBB pelo Corinthians. O segundo é Leonel Schattman, experiente ala argentino. Além deles, Franca espera por uma temporada sem lesões de Rafael Hettsheimeir.
Todavia, o objetivo francano não será a conquista estadual. Além de jogar um amistoso de pré-temporada da NBA, contra o Brooklyn Nets, tem Champions League (antiga Liga das Américas) pela frente e o elenco é forte para brigar pelo título internacional. Sem falar, é claro, do NBB, a nova obsessão do torcedor. Franca é favorito no Paulista, de fato, mas seu foco está em outras coisas nesta temporada. E isso pode deixar o time de fora da decisão.
Liga Sorocabana
Cidade: Sorocaba
Ginásio: Gualberto Moreira – capacidade para 3.500 pessoas
Elenco: Filipe, Adler e Giovanni (armadores); Sebastian, Facundo, Léo Eltink, Caio e Igor (alas); Andrézão, Nicão e Isaque (pivôs)
Quinteto base: Filipe, Sebastian, Léo Eltink, Facundo e Andrézão
Técnico: Kakau
Mais uma vez longe da elite do basquete, a LSB chega no Paulista com um de seus elencos mais modestos das últimas temporadas. O foco do primeiro semestre é total no torneio estadual, uma vez que o Campeonato Brasileiro organizado pela CBB, que substituirá a Liga Ouro como via de acesso ao NBB, não deve começar tão cedo. Assim, os sorocabanos apostam em um elenco jovem, com algumas peças que já passaram pelo Gualberto Moreira.
O elenco está junto desde junho, tendo adicionado algumas peças com o passar dos dias, como Léo Eltink e Andrézão, os principais nomes do time até então. Como não existe Liga Sorocabana sem os “gringos do Rinaldo”, dois alas argentinos, Sebastian e Facundo, desembarcaram em Sorocaba e, juntos dos já citados, devem compor a espinha dorsal do time, que já venceu os Regionais.
A grande diferença para a LSB das temporadas anteriores, contudo, está no comando. Rinaldo Rodrigues não estará mais à beira da quadra, uma vez que agora está integralmente na diretoria. Em seu lugar foi chamado Luís Claudio Correia, o Kakau, conhecido por seu longo trabalho nas categorias de base do basquete brasileiro.
Mogi das Cruzes
Cidade: Mogi das Cruzes
Ginásio: Prof. Hugo Ramos (Hugão) – capacidade para 5 mil pessoas
Elenco: Alexey, Guilherme Lessa, Lucas Lacerda (armadores); Danilo Fuzaro, André Góes e Luís Colina (alas); Gruber, Alexandre Paranhos e João Pedro (pivôs)
Quinteto base: Alexey, André Góes, Danilo, Gruber e João Pedro
Técnico: Guerrinha
O time do Alto Tietê teve uma intertemporada complicada. A saída do patrocinador máster deixou o projeto mogiano com incertezas. Sem garantias financeiras, perdeu quatro dos cinco atletas que compunham um dos melhores quintetos titulares do basquete nacional – Pecos, Shamell, Gui Deodato e JP Batista, ficando apenas Gruber. Entrando tardiamente no mercado, Mogi ainda conseguiu fazer boas movimentações, ao trazer o armador Alexey e o ala André Góes de Franca, repatriar Danilo Fuzaro, que estava no basquete espanhol, e reforçar o garrafão com Alexandre Paranhos, ex-Minas.
Porém, a equipe perdeu muitos elementos importantes e boa parte da rotação deve ser complementada com jovens jogadores. O tão sonhado retorno de Tyrone Curnell também não aconteceu, fazendo com que Mogi entre no Paulista fora do grupo de favoritos. Um grande patrocínio segue como objetivo do clube fora das quadras, mas enquanto ele não acontece, Guerrinha tem em mãos um elenco onde a juventude pode ser um diferencial tanto positivo como negativo.
Para dar certo, a Jaguatirica conta com o desenvolvimento de Alexey, que receberá mais tempo de quadra do que tinha em Franca. É a oportunidade tão sonhada pelo jogador de 24 anos. Danilo Fuzaro é outro nome da geração nascida em meados dos anos 90 que pode ser fundamental no bom desempenho de Mogi. Cria do Minas, o atleta teve duas temporadas na segunda divisão espanhola, retornando com maior experiência. Ainda assim, se o projeto da temporada mogiana terá sucesso, só saberemos quando a bola subir.
Basquete Osasco
Cidade: Osasco
Ginásio: Geodésico – capacidade para 1.500 pessoas
Elenco: Dontrell Brite, Juliano Armani e Thiaguinho (armadores); Maxwell, Bruno, Robinho e Lelê (alas); Pedro, Nicolás Giménez, Ygor e Tom (pivôs)
Quinteto base: Brite, Armani, Robinho, Giménez e Tom
Técnico: João Ricardo Lourenço
O projeto osasquense não está presente em nível nacional, mas há alguns anos disputa a elite do Campeonato Paulista. Por conta da diferença de investimentos para as equipes que estão no NBB, Osasco não consegue bater de frente – embora já tenha complicado alguns times em determinados jogos. Ainda assim, sempre conta com atletas de certa rodagem no cenário basqueteiro, muitos em busca de mostrar seu valor tendo em vista as competições nacionais.
Entre esses atletas, destaque para o armador Dontrell Brite, o qual defendeu o Basquete Cearense no último NBB. Já outros jogadores disputaram a Liga Ouro passada, casos de Thiaguinho, Robinho, Ygor e Tom, enquanto que Armani e Pedro buscam novas oportunidades após o final de Vasco e Joinville, respectivamente. Ou seja, embora não se compare o nível técnico da equipe com outras do Paulista, o treinador João Ricardo Lourenço tem um grupo sedento por mostrar seu valor.
Como o estadual é a principal competição do calendário do Osasco, a preparação do time também é diferente, utilizado uma competição anterior. Nos Jogos Regionais, disputado na casa osasquense, a equipe ficou com a medalha de prata, ao ser derrotada por Santos pelo placar de 81 x 88. Não foi o resultado esperado, de fato, mas deu ritmo já tendo em conta as primeiras partidas do estadual, quando boa parte dos times ainda está aquecendo as engrenagens.
Paulistano
Cidade: São Paulo
Ginásio: Antônio Prado Jr. – capacidade para 1.500 pessoas
Elenco: Yago, Ruivo e Beto (armadores); Eddy, Dominique Coleman e Jonathan (alas); Victão, Maique, Guilherme Hubner e Dikembe (pivôs)
Quinteto base: Yago, Eddy (Ruivo), Coleman, Victão e Hubner
Técnico: Régis Marrelli
Quando uma equipe sem um grande investimento financeiro é campeã, via de regra seus principais destaques acabam rumando para agremiações mais ricas. Com o Paulistano não foi diferente. Após garantir o Paulista e o NBB na temporada retrasada, perdeu vários atletas, mas continuou com um bom nível. Tanto que foi finalista do Paulistão e chegou ao Final Four da Liga das Américas. Mas foi nesse período que a equipe sofreu várias derrotas no NBB e ficou de fora do G4. Sem o título da LDA, foi para as oitavas-de-final do certame nacional, quando foi eliminada precocemente pelo Basquete Cearense.
Assim, apesar das duas finais, o sentimento ao término da temporada foi ruim e o elenco, reformulado. Ficaram Yago, Eddy, Victão, Hubner e Dikembe, além do técnico Régis Marrelli. Chegaram Ruivo, Coleman, Maique e alguns outros jovens atletas, como Jonathan. A equipe se renova, mas segue com boas peças, com destaque para o perímetro com Yago, Ruivo e Coleman, além da evolução de Dikembe. Ainda assim, pensando em toda a temporada, pode ser pouco para o CAP, que terá como torneio principal o NBB, uma vez que ficou fora dos campeonatos internacionais.
O Paulista servirá para adaptação dos recém-chegados, principalmente na primeira fase. Entretanto, a ausência de Yago, convocado para a seleção brasileira que disputará o Mundial, não deixará a montagem do sistema de jogo da maneira desejada por Régis. Por outro lado, será uma excelente oportunidade para Ruivo mostrar todo seu potencial e cravar um lugar no time titular.
Pinheiros
Cidade: São Paulo
Ginásio: Henrique Villaboim – capacidade para 1.000 pessoas
Elenco: Kenny Dawkins, Corderro Bennett, Adler, Jonas Buffat (armadores); Betinho, Isaac, Danilo Sena e Bernardo Moller (alas); Chris Ware, Caio Torres, Marcus Toledo, Daniel e Nicolas (pivôs)
Quinteto base: Dawkins, Bennett, Betinho (Isaac), Toledo e Caio Torres
Técnico: César Guidetti
A temporada 2018/19 do clube do Jardim Europa foi um misto de emoções. Com a montagem bem pensada do elenco, a equipe figurou entre as melhores do estado e, no NBB, deu um salto de qualidade, batendo de frente até mesmo com Franca e Flamengo, maiores investimentos da competição. No entanto, ao chegar nos playoffs, tanto do estadual como do nacional, a sensação foi de que poderia ter chegado mais longe. Principalmente no NBB, após ser eliminado pelo Botafogo.
Apesar da dificuldade no mata-mata, a equipe pinheirense tinha projeto e entendeu que ele não deveria ser jogado fora. Assim, poucas são as mudanças no elenco. De destaque, saíram o armador Ruivo e o pivô Renato Carbonari. Sempre trabalhando em conjunto para a formação de novos atletas, alguns jovens completam o grupo, que tem como principal novidade a aquisição do pivô Caio Torres. No mais, a aposta é mais uma vez no trabalho coletivo, comandado por César Guidetti.
Pela boa temporada (mesmo com as eliminações em playoffs) e manutenção de quase todo o time, acredita-se que o Pinheiros esteja na briga pelo título paulista. Diante de equipes reformuladas, o maior tempo de trabalho do grupo pode ser recompensado. Para isso, precisará ser mantido o bom nível tático, técnico e físico apresentado no primeiro semestre do ano.
Renata/Rio Claro
Cidade: Rio Claro
Ginásio: Felipe Karam – capacidade para 2.700 pessoas
Elenco: Korian Lucious e Jefferson Campos (armadores); Enzo Ruiz, Vinícius Pastor, Márcio Dornelles e Pedro Teruel (alas); Gerson, Ansaloni, Lucão e Rafael Solera (pivôs)
Quinteto base: Lucious, Pedro, Enzo, Pastor e Ansaloni
Técnico: Fernando Penna
Na história do basquete paulista, Rio Claro só está atrás de Franca entre as cidades do interior com mais títulos estaduais. São cinco conquistas da equipe da Cidade Azul, que brilhou entre o final da década de 80 e primeira metade dos anos 90. Até por conta deste passado marcante, o retorno do time às atividades do basquete adulto após três anos de hiato foi bastante comemorada. Porém, a participação na Liga Ouro deixou a desejar.
Mesmo ficando longe da briga por título, Rio Claro encontrou outro meio de acertar seu retorno ao NBB. Garantido na elite nacional, também retorna ao Paulista, já garantido nos playoffs. No elenco, atletas de certa rodagem, como Jefferson Campos, Pastor, Pedro, Ruiz e Ansaloni, além do veteraníssimo Márcio Dornelles, que ainda deu um caldo em São José, e de Lucious, remanescente da Liga Ouro.
Além do retorno rio-clarense, a participação do Leão também é marcada pela estreia de Fernando Penna como treinador. Depois de muitos anos como armador em inúmeras equipes e uma temporada como auxiliar em Franca, Penna recebe a oportunidade de guiar este renovado Rio Claro frente aos grandes desafios da temporada. Começando pelo estadual, que promete ser bastante acirrado.
UNIFAE/São João
Cidade: São João da Boa Vista
Ginásio: Nildes Fontão de Souza (CIC) – capacidade para 2.070 pessoas
Elenco: Dieguinho, João Felipe, Gustavo Terra, Diogo Aga, Mateuzinho, Pedrinho e Xuru (armadores); Alison, Dudu, Michel e Igor Avelino (alas); Arquidaly, Evander, Mateus Alex, Mauro Jr., Rômulo, Bidom e Gerson (pivôs)
Quinteto base: João Felipe, Dieguinho, Michel, Igor Avelino e Mauro Jr.
Técnico: Paulo Renor
Uma das novidades para esta edição da divisão de elite do Paulista, a equipe da UNIFAE também se notabiliza por algo inusitado. O projeto, iniciado em 2010, conta com atletas que estudam na própria universidade. Muitos deles vindos de São João da Boa Vista e demais adjacências, como Mococa, Casa Branca e Poços de Caldas. Depois de anos de disputas a nível estudantil – com direito a um tricampeonato brasileiro universitário –, a equipe vem aumentando as experiências no cenário basqueteiro.
Após conseguir o acesso para a elite estadual no ano passado, disputou o Campeonato Brasileiro de Clubes, organizado pela CBB – na prática, o terceiro escalão nacional. Na primeira fase, terminou em segundo, logo atrás de Cravinhos. Porém, nos playoffs, foi eliminada pelo Ponta Grossa (o qual terminou com o título), na semifinal.
Embora seja um time de composição universitária, conta com alguns atletas que já estiveram até mesmo no NBB. É o caso do ala/pivô Igor Avelino, ex-Macaé e Liga Sorocabana, e do pivô Rômulo, formado no Basquete Cearense, por exemplo. Outros estiveram em edições da Liga de Desenvolvimento, como o ala Michel, cria do Limeira, e Dudu, do Franca. Mas a realidade no nível estadual será bastante complicada.
São José
Cidade: São José dos Campos
Ginásio: Linneu de Moura – capacidade para 1.800 pessoas
Elenco: Diego Figueredo, Carioca e Eugeniusz (armadores); Duda Machado, Guido Mariani, Rafael Oliveira, Carlos Buemo (alas); Alex Doria, Lupa e Sergio (pivôs)
Quinteto base: Figueredo, Duda, Buemo, Rafael e Lupa
Técnico: Paulo César Jaú
Desde seu retorno às atividades profissionais o São José convive com dificuldades financeiras e ameaça não disputar as competições nas quais se inscreve por falta de verba. Assim, aos trancos e barrancos, não consegue montar elencos qualificados que façam jus à tradição da cidade no basquete nacional. Nesta temporada montou o elenco tardiamente, podendo negociar apenas com as sobras do mercado.
Isso porque os principais nomes ainda disponíveis, bem como os destaques do último ano, como Sahdi e Douglas Nunes, não aceitaram ficar, pois teriam seus salários reduzidos. Por conta disso, o elenco foi reformulado, teoricamente, para pior.
A aposta do time é basicamente em Duda Machado e no trio de argentinos Figueredo, Buemo e Mariani, além de torcer por uma evolução de Carioca, MVP da última Liga Ouro, no NBB, campeonato no qual sempre foi errático. De resto, o elenco conta com atletas extremamente jovens e o pivô Lupa. Se não chegar algum(ns) jogador(es) que possa ser um fator de desequilíbrio, o treinador Paulo César Jaú terá muita dificuldade na temporada.
São Paulo
Cidade: São Paulo
Ginásio: Dr. Antonio Leme Nunes Galvão (Ginásio do Morumbi) – capacidade para 1.900 pessoas
Elenco: Georginho, Cassiano e Igor (armadores); Shamell, Holloway, Jones e Danilo (alas); Jefferson, Kurtz, Renan Lenz e Mamedes (pivôs)
Quinteto base: Georginho, Shamell, Holloway, Jefferson e Kurtz
Técnico: Cláudio Mortari
Mesmo sem o título da Liga Ouro, o São Paulo conseguiu a vaga no NBB e não mediu esforços para montar um time com bons nomes, planejando cativar de vez sua torcida. Por isso, contou por um período com João Fernando Rossi, ex-diretor do Pinheiros e presidente da LNB, na estruturação da equipe, fator determinante nas negociações com atletas de renome, além, é claro, do poderio financeiro do clube.
Como o nível do NBB é muito maior que o da Liga Ouro, apenas Igor, Danilo e Jones permaneceram no elenco. Chegaram Georginho, Cassiano, Shamell, Holloway, Jefferson, Kurtz, Renan Lenz e Mamedes. Seus principais jogadores fizeram muito sucesso na história do NBB, enquanto Georginho, Kurtz e Renan sempre se mostraram bons coadjuvantes.
Entretanto, o encaixe destes nomes, por enquanto, é uma incógnita. Shamell e Holloway sempre lideraram suas equipes tendo a bola na mão por muito tempo e, ao lado de Jefferson, nunca foram tidos como bons defensores. Pelo contrário, o foco do trio sempre foi o enorme volume ofensivo. Kurtz protege bem o aro, mas sofre no perímetro. Na prática, Georginho e Renan Lenz são os únicos que já apresentaram bons atributos defensivos. Para piorar, na última Liga Ouro, Mortari não soube montar um time coeso e com variação das jogadas. O São Paulo chegou onde chegou mais por conta do bom nível dos seus atletas, que frequentemente apelavam pra individualidade, do que pelo entrosamento, tática, etc.
Assim, a impressão inicial (que, é claro, pode mudar ao longo da temporada) é a de que foi montado um time de video game no Morumbi. Em quadra, ainda mais com Georginho, que ainda busca se reestabelecer no Brasil, na armação, não há como ter ideia do rendimento do time antes do campeonato engrenar.
- VIA
- Lucas Guanaes
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