GUIA DO NBB 2020/2021 – PINHEIROS
Por Equipe LE
Historicamente o Pinheiros é uma das equipes que mais revela jogadores de qualidade para o NBB. É bem verdade que a estratégia do clube nas categorias de base abre a possibilidade do debate se o clube realmente é formador ou “apenas” comprador nas categorias mais jovens, mas isso é assunto para outro dia. Fato é que muitos atletas que hoje têm destaque nas quadras de basquete do Brasil – e até do mundo – iniciaram sua caminhada profissional no Pinheiros.
Por isso, não foi de se espantar quando, durante a pandemia e mais um corte de gastos no basquete profissional, o clube decidiu atuar na próxima temporada com uma equipe baseada em seus jovens talentos de uma geração que conquistou praticamente tudo nas categorias de base, até mesmo a LDB. Para fazer a transição completa e dar confiança aos atletas até o treinador “subiu” para o profissional. Assim, David Pelosini será o comandante do elenco detalhado a seguir.
O núcleo formado por Gabriel Campos, Danilo Sena, Buffat, Munford e Mãozinha deu muito trabalho para seus adversários nas categorias de base. Logo, deverão ter muitos minutos nesta temporada, com exceção, claro, de Mãozinha, que foi para o basquete da Macedônia do Norte.
Os outros quatro, porém, já tiveram um bom espaço no Campeonato Paulista. Gabriel Campos é irmão do ala/armador Jefferson Campos, hoje no Brasília e possui uma visão de jogo privilegiada, além de chutar com qualidade de todos os cantos da quadra. Já Munford estava na segunda divisão da NCAA (campeonato universitário estadunidense) e retornou a pedido de Pelosini. Também mostrou muita qualidade quando esteve em quadra, brigando com atletas maiores que ele e tendo sucesso.
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Já Danilo Sena e Buffat foram os que mais tiveram oportunidades na equipe profissional ano passado. O primeiro, porém, precisa de mais estabilidade física, pois convive com frequentes lesões que o tiram das partidas. Já Buffat foi uma das grandes sensações do último NBB aproveitando os minutos ganhados após uma lesão de Dawkins. Deve ser uma das maiores referências da equipe na temporada.
Porém, a diretoria também trouxe alguns nomes mais experientes para fazer a mescla com os jovens. Os primeiros foram Humberto e Teichmann. Este último é o líder em tocos na história do NBB, já teve boas passagens pelo Pinheiros e, aos 37 anos, chega para ser o mentor da garotada, mas ainda com muito impacto em quadra. Já Humberto possui 25 anos, estando uma geração acima dos que estão subindo agora. Surgiu com grandes expectativas no profissional, mas nunca explodiu como se esperava. Contudo, é homem de confiança de David Pelosini.
Depois, chegou Mauro Zubiaurre, armador urugaio de 27 anos. Mostrou qualidade no Paulista, preferindo um estilo de jogo mais cadenciado e focado no 5 x 5, com grande sintonia com Teichmann no pick’n roll. Também consegue acelerar o jogo quando necessário, aproveitando a velocidade dos atletas mais jovens. Além dele, Wesley Sena, pivô ex-Bauru, Contagem, Mogi e Botafogo também fará parte do elenco pinheirense.
Por último, Gustavo Basílio chegou após Landon Atterberry, ala americano contratado pelo time, ser dispensado antes mesmo de entrar em quadra. Basílio vem de sua melhor temporada no Pato Basquete e já teve uma boa passagem pelo Pinheiros, podendo novamente ser útil, principalmente na defesa. Os demais jovens, entretanto devem ter uma minutagem menor, entrando em momentos esporádicos ao longo das partidas.
Por mais que seja uma equipe divertida de se ver jogar, o Pinheiros ainda sofre apagões durante os jogos, evidenciando a inexperiência de boa parte do seu elenco, que usará essa temporada para, justamente, ficar mais cascudo. Deve brigar pelas últimas vagas dos playoffs.
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