Bauru Basket Sem Limites
Por Fabio Toledo
Limeira bem que tentou. Fez de tudo que estava ao seu alcance para evitar o bicampeonato seguido bauruense. Até conseguiram vencer o primeiro jogo da final, em casa, mas derrotar Bauru numa disputa em melhor de cinco é algo que poucos no Brasil conseguem, em São Paulo provavelmente ninguém. Ainda mais quando a equipe está completa, o que não foi o caso nos últimos confrontos, uma vez que Murilo desfalcou o Dragão desde a série contra Franca. Com Ricardo Fischer e Gui Deodato cada vez mais preparados para grandes jogos, Larry Taylor voltando a ser o alienígena que conquistou a Cidade Sem Limites, Alex empurrando quando preciso a equipe, Robert Day e Jefferson importantíssimos do início ao fim do torneio, Rafael Hettsheimeir encontrando seu jogo na rotação, além da força da Panela de Pressão, o Paschoalotto/Bauru Basket defendeu com sucesso seu título de melhor paulista.
Bauru entrou como favorito ao título estadual e soube lidar com a pressão. Inicialmente apostando em jogadores mais jovens enquanto os atletas da seleção não chegavam, o Dragão obteve a segunda posição de seu grupo, atrás do Limeira. Neste período, a equipe teve, além das grandes exibições de Ricardo, Gui, Day e Jefferson, bons momentos dos garotos Gabriel e Carioca, partidas incríveis do pivô Mathias, controle absoluto do auxiliar Hudson Previdelo, que segurou as rédeas da equipe enquanto Guerrinha estava acompanhando a pré-temporada espanhola. Portanto, é bom que se coloque boa parte do sucesso bauruense na conta desses nomes menos badalados, pois eles não deixaram a desejar e garantiram grandes resultados quando foi preciso.
No mata-mata, encarar o Rio Claro, já com o time mais que principal, serviu para os novos atletas se conhecerem nos três jogos, o suficiente para varrer os rio-clarenses. O grande desafio veio em seguida, contra a aguerrida Franca, de menor orçamento, mas com uma camisa pesada e uma vontade enorme de acabar com a festa do rival. Lula Ferreira conseguiu tirar o máximo de seus jogadores e o que se teve foi uma grande série. Vitória de Bauru no Pedrocão, vitória de Franca na Panela de Pressão e vaga na final decidida no jogo 5. Se fosse em Franca, talvez desse o time da casa, mas foi em Bauru. Outra derrota na Panela seria um grande vexame. Seria, pois deu Bauru.
A derrota no jogo 1 da final parece que foi só para dar uma emoção a mais, fazer diferente dos 3 a 0 sobre o Paulistano em 2013 que deu o primeiro título dessa série. Uma vez que nos outros três confrontos, Bauru impôs seu ritmo e impediu que Limeira fizesse mais de dois períodos por partida no mesmo nível do adversário. Conquista mais que merecida para um time que batalhou para conseguir o que tem agora: bons jogadores, boa finança, grandes projetos e uma cidade junto com ele. Torcedores, jogadores, diretores e treinadores não escondem que a prioridade do ano é o NBB.
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