POR DENTRO DO SESI VÔLEI BAURU
Em dois jogos-treino contra Pinheiros, equipe mostra um pouco de sua capacidade
Por Fabio Toledo | Fotos: Lucas Guanaes
Há dois meses, o Sesi Vôlei Bauru apresentava seu novo elenco. Depois dos trabalhos iniciais de preparação física, veio o tático. Nos últimos dias, deu início pela busca do ritmo de jogo. Em dois jogos-treino com a equipe do Pinheiros na Panela de Pressão, o escrete bauruense, comandado pelo técnico Anderson Rodrigues, apresentou um pouco do que poderá ser visto a partir de setembro, no Campeonato Paulista, e a partir de outubro, na Superliga.
Os jogos-treino
No primeiro dia, esteve mais tempo em quadra aquela que deve ser a formação principal do Vôlei Bauru no estadual e possivelmente na Superliga – faltando apenas a oposta italiana Valentina Diouf, que deve se integrar ao elenco na próxima semana. Com Fabíola (levantadora), Palacio, Vanessa Janke (ponteiras), Tifanny (oposta), Andressa, Val (centrais) e Tássia (líbero), a equipe da Sem Limites teve um início complicado. A falta de ritmo de jogo foi notória, com Bauru pesado na quadra, lento no bloqueio e defesa, enquanto o Pinheiros esteve mais atento nas jogadas, conseguindo assim vencer o primeiro set por 16 x 25.
A equipe da capital paulista, comandada pelo experiente Sérgio Negrão, conta com as ex-bauruenses Lyara (levantadora) e Mari Cassemiro (ponteira) em seu elenco, além das centrais Roberta, Camila Paracatu e Aline, da oposta norte-americana Kelsie Payne, das ponteiras Clarisse e Herrera, da levantadora Fran e das líberos Juju Perdigão e Letícia Pekena. Depois de dominar o primeiro set, o Pinheiros viu Bauru melhorar bastante a partir da segunda parcial. Aprimorando o block, assim como a recepção, liderada por Tássia, a bola chegou com mais qualidade para Fabíola. Melhorando o ritmo, Bauru fez 25 x 13, 25 x 16 e 25 x 19.
Já no segundo jogo, Anderson realizou algumas mudanças, com uma formação que tinha Naiane (levantadora) e Edinara (ponteira) como novidades. Bauru começou em um bom ritmo, abrindo vantagem, mas o rendimento caiu no decorrer do primeiro set. Ainda assim, a equipe fechou a parcial na frente: 25 x 23. Já no segundo período, a recepção de saque foi complicada no começo, mas a equipe conseguiu se recuperar para fazer 25 x 22.
O terceiro set, por sua vez, terminou mais tranquilo. Apesar de algumas falhas no bloqueio, as bauruenses fizeram 25 x 18. Um quarto período foi disputado (jogo-treino tem dessas), com Bauru variando sua formação – até mesmo a líbero Júlia, de 20 anos, teve sua primeira experiência no adulto. No final, vitória pinheirense por 17 x 25.
Primeira vista
Busca pela sintonia adequada, talvez seja este o grande objetivo do Sesi Vôlei Bauru no momento. Naquilo que foi apresentado nos jogos-treino, é possível notar uma equipe titular de boa estatura, tremendo potencial para ser um paredão na rede. Potencial ofensivo é possivelmente o que mais se destaca no time, com levantadora experiente, uma reserva que tem deve crescer ainda mais, centrais de qualidade e ponteiras fortes, que ainda procuram a sintonia adequada para a temporada.
A defesa conta com uma das melhores líberos do Brasil, Tássia, mas as atletas ainda precisam melhorar, pois apresentam alguns erros de posicionamento e cobertura do bloqueio, principalmente em bolas atacadas na diagonal. Contudo, ainda há tempo para aprimoramentos por parte das comandadas de Anderson Rodrigues, que tem em mãos um elenco onde é possível variar bastante o jogo, dependendo das necessidades de momento. Pelo menos, com relação ao nível da equipe da temporada anterior (que disputou posição com o Pinheiros), já se pode dizer que está melhor.
Foco na Superliga
O treinador bauruense avaliou como positivas as apresentações da equipe diante do Pinheiros “Nos deu ideia daquilo que se pode ser feito e dos pontos em que precisamos trabalhar e melhorar. Estou feliz, pois é um time em que podemos mexer o tempo inteiro, com várias peças que podem jogar como oposta e ponteira”, comentou Anderson.
O Campeonato Paulista deve acontecer em setembro, mas ainda não existe um calendário definitivo. Uma incerteza às vésperas da competição que tira cada vez mais seu valor no calendário das equipes. Isso é notório na fala do técnico Anderson, questionado se as indefinições com relação ao estadual e a Copa São Paulo (que aconteceria antes do Paulista) atrapalham muito na preparação das equipes. “Na verdade a gente precisa estar pronto para a Superliga. O Campeonato Paulista está ali no meio, como um pontapé inicial visando a Superliga, que é quando a gente tem que estar bem mesmo. Pra isso dar certo, precisamos ter o Paulista como um laboratório. Ele é um torneio de tiro curto, mas o nosso alvo é lá na frente”.
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