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Vôlei Bauru tem grande início, bobeia, mas consegue se recuperar para vencer Brasília
Por Fabio Toledo (texto e fotos)
No fim da tarde bauruense, Vôlei Bauru e BRB/Brasília realizaram a 14ª partida de ambos na Superliga 2017/18. O pequeno público na Panela – contando até mesmo torcedores do visitante – e os milhares que puderam acompanhar pela tela do SporTV viram duas partidas em uma.
Na primeira, Bauru sobrou em quadra. Com ataque e defesa funcionando bem, venceu com tranquilidade os dois primeiros sets. Já na sequência, Brasília conseguiu igualar forças e travou uma batalha para se recuperar. Em dois sets longos, conseguiu diminuir em um, mas no outro não teve jeito: deu Bauru por 3 sets a 1 (parciais de 25 x 15, 25 x 17, 26 x 28 e 29 x 27).
Apesar de dois jogos em um, houve destaques em comum. O principal deles, a ponteira Tifanny, responsável por 24 pontos e vencedora do Troféu Viva Vôlei como melhor atleta em quadra. A camisa 10 foi o grande nome ofensivo, responsável por 41% dos pontos de ataque do time Sem Limites, mas a equipe também contou com bons desempenhos de Dayse, mais decisiva que o normal na rede e bem na defesa. Momento oportuno para a ponteira crescer, já que Paula Pequeno voltou a sentir dores no ombro, desfalcando Bauru na partida e ainda sem previsão de retorno.
Outro ponto que contribuiu para a vitória bauruense foi a quantidade de erros adversários, culminando entre 33 pontos para a equipe (Bauru cedeu 24). Ainda que a ponteira Malu tenha se destacado, com 23 pontos, assim como a central Fernanda, com 4 bloqueios, as falhas dificultaram o trabalho de recuperação na partida.
A vitória colocou Bauru provisoriamente na 7ª posição. A equipe só desce na classificação se o Pinheiros derrotar o Praia Clube, no próximo dia 23. Na sequência da Superliga, as bauruenses fazem mais um jogo em casa. Na próxima sexta, a equipe enfrenta o SESI-SP, às 19h30. Já o Brasília ficou mais distante do G8. Na 10ª colocação, o time da capital federal tem 10 pontos, 8 a menos que o Pinheiros. O próximo compromisso das candangas é também nesta sexta-feira, contra o Camponesa/Minas, em Belo Horizonte.
O jogo
Com pontos de contra ataque e erros ofensivos das adversárias, Bauru conseguiu construir vantagem logo no começo no primeiro set. O técnico Sérgio Negrão pediu tempo visando recuperar sua equipe a tempo. As visitantes até conseguiram alguma alegria ao reduzir para quatro pontos a vantagem bauruense após bloqueio em Tifanny, mas as donas da casa se mantiveram imponentes e seguiram o bom desempenho ofensivo (principalmente com Tifanny e Dayse) em quase toda a parcial, fazendo 25 x 15 em ataque para fora de Mari Helen.
No segundo set, Brasília saiu na frente, porém sofreu a resposta bauruense. Negrão parou o jogo da mesma forma que no período anterior, mas nada de o Brasília conseguir reagir. Assim, Bauru abriu 9 x 2 e manteve a vantagem mais próxima dos 10 do que dos 5 de diferença durante o restante da parcial. Tifanny foi mais uma vez destaque do set, com 5 pontos. Por mais que tivesse cerca de 8 set points para fechar a parcial, foi preciso um pedido de tempo e um ponto quase que sem querer de Andressa para fazer 25 x 17.
Após dois períodos correndo atrás sem alcançar, as visitantes começaram o terceiro brigando de igual para igual com as donas da casa, com boa participação da central Fernanda e de boa distribuição de bolas no ataque. O passe bauruense também não foi o mesmo, encontrou problemas para encaixar e assim Brasília conseguiu abrir pequena vantagem.
Com uma melhora do Bauru, fazendo 18 x 19, o time candango buscou parar o jogo, mas o roteiro da peleja seguiu dramático, com as anfitriãs empatando em 21 x 21. Ainda assim, Brasília teve o primeiro set point, que ficou no bloqueio de Tifanny; o segundo, evitado por toque na rede de Thayna; o terceiro, com o block indo para fora… mas não desperdiçou a quarta oportunidade, em ataque de Malu, as visitantes fecharam em 26 x 28.
O equilíbrio também marcou o começo do quarto set. Na casa dos 10 pontos, Bauru conseguiu abrir três de frente, mas a dificuldade no passe e finalização contribuíram para a recuperação brasiliense, que virou em 14 x 15, fazendo Bonatto parar o jogo. A perseguição bauruense seguiu até Tifanny empatar e Dayse conseguir a virada em 20 x 19.
Em ataque pra fora de Isabela Paquiardi, Bauru abriu dois, mas nada ser fácil a parcial, pois Brasília se recuperou. Depois de para o jogo, o time da casa contou com a força de seu bloqueio para chegar ao match point. Em três erros (toque na rede de Dayse e duas bolas pra fora de Tifanny), a situação se inverteu e mais uma sequência de pontos para fechar o 4º set aconteceu. Só que dessa vez, a vitória foi de Bauru, que venceu por 29 x 27 em ace de Ju Carrijo.
Abre aspas
Dayse, ponteira do Bauru – “O primeiro e segundo set que fizemos foi perfeito, ganhamos fácil. Depois entramos um pouco abaixo no terceiro set e isso fez com elas acreditassem que podiam ganhar. Então, elas jogaram melhor também porque começaram a acreditar e aí ficou mais difícil no final. Mas ainda assim deu pra levar a vitória. Acho que a gente vem crescendo no campeonato e a entrada da Tifanny está ajudando e muito, é o nosso desafogo. Não estamos pensando agora em pontos, mas na equipe junta para crescer e está dando certo”.
Fernando Bonatto, técnico do Bauru – “Acho que foi a primeira vez na Superliga inteira que a gente conseguiu fazer dois sets tão consistentes. Uma coisa muito importante é que teve duas formações que ele (Sérgio Negrão, técnico do Brasília) fez e foram muito boa pra gente. No terceiro set ele veio com uma formação diferente que modificou o sistema tático e tivemos que modificar o saque, perdemos a agressividade ali e elas cresceram no jogo. Isso não pode, aí demorou para ajustar. Depois, tivemos que ter tranquilidade e cabeça boa para não corrermos o risco de errar mais que o necessário”.
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