Experiência marcante
Por Rodrigo Correia
Falar sobre Locomotiva Esportiva é o mesmo que falar da minha formação como jornalista, pois foi algo muito interessante pra mim é onde tive a oportunidade de participar de momentos marcantes e únicos do esporte, no qual tive o espaço para dar a minha versão e transmitir não só a minha ótica, mas também a visão do pessoal do site sobre os fatos.
E quando se pensa em momentos marcantes em que a Locomotiva esteve presente logo se vem à cabeça o Mundial de Basquete de 2015, em que o Bauru Basket enfrentou o Real Madrid, apesar deste ter sido o mais importante até aqui na história do site, não foi somente o Intercontinental um evento histórico que a LE cobriu.
Mas, por exemplo, estive presente na estreia da equipe do Vôlei Bauru na Superliga A, a primeira vez que a cidade teve um representante na elite nacional, a Locomotiva Esportiva também cobriu o título da Superliga B na temporada anterior da mesma equipe, a conquista da Série B do Campeonato Paulista pelo Noroeste em 2015 e recentemente esteve presente no título do NBB do Bauru Basketball, o que demonstra que na nossa trajetória tivemos a oportunidade de contar de episódios históricos do esporte bauruense.
Me recordo que meu primeiro texto na Locomotiva Esportiva foi o título inédito do San Lorenzo, clube da Argentina, da Copa Libertadores de 2014, e foi um dos textos que mais me dediquei, buscando dar uma versão diferenciada e tentei ser criativo utilizando metáfora na concepção dele e por isso é um dos textos que mais gosto de ter produzido, pois tinha muito daquilo de mostrar serviço e também pelo peso de retratar a história de uma final e uma equipe campeão.
No começo, o projeto teve aquele fôlego inicial, mas foi perdendo a partir do momento em que fomos voltando mais atenção a universidade, já que na fundação da Locomotiva Esportiva estávamos em greve, entretanto a grande virada veio quando tivemos a experiência de participar da cobertura dos Jogos Abertos que foi muito importante para mim, apesar de ter participado apenas os dois dias iniciais.
Naquela oportunidade cobri o vôlei também e aprendi muito com aquela experiência. Lembro que tinha receio dos atletas e técnicos, não quererem conceder entrevista por eu ser ainda um mero estudante, que tinha acabado de completar 18 anos, sem nenhuma experiência. Mas pelo contrário todos os profissionais me deram atenção do mesmo modo que concederam aos jornalistas mais experientes ali presente.
Até ocorreu uma passagem engraçada, quando a equipe de Osasco, com renome nacional, veio com algumas das suas principais jogadoras para competição. E após um dos jogos do time, foi uma verdadeira disputa entre microfones para entrevistar as atletas mais conhecidas, entre elas a líbero com passagem pela Seleção Brasileira, Camila Brait, e na ânsia de querer fazer uma pergunta na frente dos outros repórteres, não percebi que não tinha apertado o botão de gravar do meu celular e apesar de ter conseguido fazer a questão para ela a resposta não tinha sido armazenada no aparelho e assim na produção do texto tive que colocar a ideia principal daquilo que atleta tinha abordado e não as aspas do que ela realmente disse.
Mas foi a partir dali que tive a sensação do que é o fazer jornalismo e foi um estímulo a mais em continuar no curso e ter a convicção de que era aquilo que buscava na profissão. E a partir dali fomos evoluindo, construindo o nome da Locomotiva Esportiva entre as pessoas que acompanhavam o esporte regional seja os jornalistas quantos o próprio público tanto que em 2015 vencemos o prêmio Top Blog de melhor site esportivo independente pelo voto popular.
E apesar de termos esse foco em Bauru, por estarmos localizado na cidade que também oferece uma gama variada de cobertura esportiva, não ficando somente no futebol, mas tendo uma equipe de destaque no basquete, vôlei, polo aquático e outros esportes, fizemos também textos de eventos nacionais e internacionais como os Jogos Olímpicos Rio 2016.
As Olimpíadas Rio 2016 é um evento que guardo com muito carinho e apesar de não estarmos cobrindo presencialmente, escrevemos sobre ela, e tive a oportunidade de relatar a conquista do ouro inédito no futebol, algo que um estudante como eu naquela ocasião, talvez não teria espaço para produzir em um veículo mais tradicional, e a Locomotiva me proporcionou isto. E é outro texto que me agrada e me marcou muito pelo tamanho do seu significado.
No mesmo ano também tive a oportunidade de produzir vídeos para o canal da Locomotiva Esportiva no YouTube e foi uma das experiências mais prazerosas que senti. Gostei muito de fazer parte dos processos de produção e principalmente a edição de vídeos, além de desenvolver a postura e o modo em falar diante da câmera. E nessa área, fizemos um vídeo sobre o jogador de futsal, Falcão, no qual o atleta compartilhou em sua rede social, o que foi muito gratificante, o reconhecimento de um atleta tão renomado.
Em 2017 tive que me desligar do projeto por um tempo, pois tive uma oportunidade para trabalhar junto com a assessoria da equipe do Vôlei Bauru, muito pela experiência que tive na LE que abriu essa porta, tanto sendo uma espécie de portfólio quanto para fazer esses contatos profissionais e sou muito grato por isto.
E enquanto estive trabalhando nesta área pude ver o papel da LE por outro lado e reconhecer sua importância para uma instituição esportiva como o Vôlei Bauru, que ver no site um espaço de veiculação, para demonstrar seu serviço, no qual são apontados os erros e acertos para sua evolução o que cria uma identificação com o público e só tem a somar a todos envolvidos.
Desta forma, analisando o caminho trilhado pela Locomotiva Esportiva é possível ver que além de ter chegado longe no seu percurso, o projeto esteve presente em pontos marcantes que construíram a história recente do esporte e assim também deixou a sua marca nessa construção e é algo que tenho um grande orgulho.
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