DEU BRIOSA
Noroeste cai para Briosa fora de casa e deixa G4 da Série A3
Por Bruno Ribeiro
Diante de 1.553 pessoas presentes no estádio Ulrico Mursa, na cidade de Santos, o Noroeste foi a campo nesta quarta-feira para uma árdua missão: enfrentar a Portuguesa Santista, equipe comandada pelo experiente treinador Sérgio Guedes, então vice-líder da Série A3 e única invicta na competição. Assim, depois de ser dominada no primeiro tempo e não caprichar nas oportunidades que teve na etapa complementar, a Maquininha Vermelha saiu derrotada pelo placar de 1 x 0.
O gol da Briosa saiu logo aos 15 minutos de jogo, em conclusão do meia Léo Gonçalves após boa jogada do lateral-esquerdo Rômulo. O último, aliás, foi o grande destaque dos donos da casa. Além de infernizar Alex Silva – improvisado na lateral-direita – com dribles desconcertantes, o camisa 6 ainda criou a maioria das jogadas que levaram perigo à meta do goleiro Ferreira.
Pelo lado noroestino, o destaque ficou por conta da estreia de Jorge Mauá. O centroavante entrou na partida no segundo tempo e chegou a incomodar a zaga adversária, mostrando que ter um homem de referência dentro da área pode ser uma opção para sanar a dificuldade alvirrubra em balançar as redes – afinal, a média é singela até aqui: são apenas 13 gols em 13 jogos disputados.
Com a fatura praticamente liquidada, o final da partida ainda reservou cenas lamentáveis: o meia Carlos Alberto deu início à uma série de embaixadinhas no meio-de-campo, de costas para o ataque. Sem tolerar a provocação, o volante André Rocha deu uma entrada por trás no adversário e acabou expulso. Depois de muito empurra-empurra, o árbitro colocou outro noroestino para fora – o atacante Wellington –, além do próprio Carlos Alberto, protagonista da confusão.
Com o revés, o esquadrão da Cidade Sem Limites conheceu sua terceira derrota no certame – a primeira sob o comando do técnico Alberto Félix. Diante das circunstâncias do campeonato, é claro que, fora de casa, um resultado negativo contra os líderes não pode ser considerado um tropeço – e ainda não ameaça a classificação alvirrubra para a fase de mata-mata, conforme comenta o treinador: “No primeiro tempo nosso time não encaixou e na segunda etapa fomos melhores. Ficamos chateados com o resultado, mas o adversário teve mérito, é o líder agora. E uma derrota aqui não é nenhum resultado absurdo. Agora temos a possibilidade de jogar em casa e vamos buscar a vitória diante do nosso torcedor”.
Porém, com mais seis rodadas por disputar, o Noroeste desce para a 5ª colocação na tabela e fica estacionado nos 22 pontos, sete atrás da Portuguesa Santista (nova líder, com o 1 a 1 do Atibaia com o Grêmio Osasco), e vê a liderança como um sonho cada vez mais distante. Depois de dois duelos longe de seus domínios, a oportunidade de reação ocorre no próximo domingo, no Alfredão, às 10h, contra a equipe da Matonense. No mesmo dia e horário, a Portuguesa Santista mede forças com o Monte Azul.
O jogo
A Portuguesa Santista tomou a iniciativa desde os primeiros minutos. E, depois de algumas bolas alçadas pela direita com o lateral Rafael Ferro, o gol acabou saindo mesmo pela esquerda, com jogada do lateral Rômulo, com 15′ jogados no relógio. Depois de pedalar pra cima de Alex Silva, o camisa 6 da Briosa rolou para o meia Léo Gonçalves, que bateu de chapa no canto esquerdo do goleiro Ferreira.
Imagem: FPF TV
O gol não diminuiu o ímpeto dos donos da casa. Sem recuar e dar espaços para contra-ataque, o time seguiu apostando nas jogadas com Rômulo, que municiou o atacante Anderson Magrão em duas oportunidades. Na primeira delas, Lucas Hipólito salvou o Norusca desviando o arremate. Na outra, o salvador da vez foi o goleiro Ferreira, que se agigantou pra cima do adversário e evitou o gol cara-a-cara.
Após os sustos, já por volta dos 30 minutos de jogo, o Noroeste finalmente pareceu ter acordado. Porém, embora tenha equilibrado a posse de bola, o time não teve criatividade para encontrar espaços na defesa rival. Não fosse por uma cabeçada fraquinha do baixinho Leandro Oliveira, o goleiro Cleyton teria passado o primeiro tempo inteiro como um mero expectador.
Após o intervalo, o time do litoral tentou imprimir o mesmo ritmo que havia imposto nos primeiros 45 minutos de jogo. Não à toa, após falha da zaga noroestina, o meia Carlos Alberto dominou a bola com categoria, mas não soube finalizar a jogada com o mesmo êxito. Os visitantes, por sua vez, trataram de mostrar uma postura mais incisiva do que na etapa anterior. Assim, a primeira chance de perigo veio com uma cabeça de Gindre, obrigando o goleiro Cleyton a se esticar todo para impedir o empate.
Imagem: FPF TV
O jogo ficou aberto: a Briosa seguiu tocando a bola com qualidade e chegando na área adversária em algumas oportunidades, mas a pressão aconteceu mesmo do outro lado do campo. Aos 22 minutos, após boa jogada de Hipólito, o atacante Wellington chutou forte de perna esquerda, mas para fora. No lance seguinte, aos 24, o Norusca teve bola parada com cruzamento de André Rocha, e Jorge Mauá acertou a trave depois de um desvio de cabeça.
Daí em diante, a partida ficou truncada, sem chances de perigo para nenhuma das equipes. As substituições promovidas pelo técnico Alberto Félix até revigoraram os ânimos noroestinos, mas nenhuma delas convertida em gols. Assim, o que movimentou o final do jogo foi mesmo a confusão que culminou nas expulsões de André Rocha, Wellington e Carlos Alberto. Melhor para os donos da casa, que consumaram a vitória – e a liderança isolada – pelo placar de 1 x 0.
Portuguesa Santista: Cleyton; Rafael Ferro, Dema, Gustavo Henrique e Rômulo; Diogo Lopes, Tufa, Wendel e Carlos Alberto; Anderson Magrão (Rodriguinho depois Renan) e Léo Gonçalves (Diego Palhinha). | Técnico: Sérgio Guedes
Noroeste: Ferreira; Alex Silva (Pacheco), Jean Pierre, Marcelinho e Hipólito; André Rocha, Maicon Douglas, Leandro Oliveira (Jorge Mauá) e Vilson; Gindre (Romão) e Wellington. | Técnico: Alberto Félix
Gol: Léo Gonçalves (Portuguesa Santista – 15′ 1ºT)
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