Noroeste sem Vitão. Conversamos com possíveis substitutos para o cargo de treinador

Por Fabio Toledo e Gustavo Abraão

De maneira tão surpreendente quanto compreensível, Vitor Hugo entregou seu cargo de treinador à diretoria do Esporte Clube Noroeste. Em meio à disputa da Copa Paulista, considerada uma competição preparativa para a equipe visando a busca pelo acesso à Série A2 estadual em 2018, o Alvirrubro ficou as sete primeiras rodadas sem vencer, 584 minutos sem marcar gol, conseguindo encerrar tais jejuns somente no último sábado, diante do Penapolense.

A vitória de virada poderia acalmar a situação na Vila Pacífico. Mas logo na segunda-feira, início de preparação para o duelo diante do XV de Piracicaba, fora de casa, no sábado, Vitão declarou sua decisão à diretoria noroestina. Ele alegou desgaste por não fazer o elenco jogar da maneira que esperava. De fato, nas oito partidas até aqui, pouca novidade foi possível de notar.

O torcedor que acompanha o Noroeste nesta Copa Paulista deve saber, pois os mesmos problemas apresentados pela equipe na primeira rodada são encontrados na partida contra o Penapolense. A dificuldade na criação, na conquista de espaço dentro da grande área adversária e na transição da defesa para o ataque sem ligações diretas persistem. Mesmo com as variações táticas promovidas pelo treinador, com a utilização de três atacantes, dois armadores, com mais mobilidade, ou centralizando um atacante.

Assim, Vitor Hugo encerra sua 17ª passagem pelo Alvirrubro. Ele, que chegou após uma preocupante campanha inicial na Série A3 com Marcelo Sangaletti no comando, salvou o Norusca do rebaixamento e teve a oportunidade de iniciar os planejamentos do Noroeste para a Copa Paulista tendo em vista o acesso para a A2 em 2018. 

E agora?

Com a saída de Vitão, a situação do Alvirrubro é de se preocupar. O elenco foi montado a partir das demandas do treinador, fechando contratos com os atletas até o ano que vem. Isso quer dizer que o treinador que vier terá os jogadores atuais, com uma ou outra contratação. Dessa forma, é muito importante que a diretoria noroestina busque um substituto que tenha um estilo de jogo parecido com as opções atuais do elenco.

Nomes

Dois treinadores experientes são vistos como grandes opções para um acordo. O primeiro é Tuca Guimarães, técnico que saiu do futsal, treinou a categoria de base do São Paulo, Marília, Comercial e foi assistente do Figueirense, por onde atuou como interino em oito partidas da Série A no ano passado. Em 2017, comandou a Portuguesa na série A2 e levou o Nacional ao acesso e título na A3.

Entramos em contato com Tuca, que confirmou contato com o clube: “Realmente, a gente iniciou uma conversa. Devo estar em Bauru amanhã (22) pra gente ter uma segunda etapa dela, mas ainda é prematuro para falar qualquer coisa, é o início de uma conversa e vamos ver como ela vai caminhar. Em princípio, existe interesse, considero o Noroeste um grande clube, acho que está em uma prateleira errada pelo que representa. Mas vamos conversar, ver em que denominador a gente chega, mas ainda é precipitado para eu falar qualquer coisa a respeito”, afirmou o treinador.

Outra opção considerada é Betão Alcântara, conhecido no interior paulista, com um acesso da Bezinha pelo Fernandópolis em 2015 e da A3 com o Rio Preto no ano passado. Foi em 2016, inclusive, que o nome de Betão chegou a ser pensado no Alfredão, após a saída de Lela, mas o treinador fechou com o Jacaré na ocasião, marcando a 16ª passagem de Vitor Hugo. Ele também coleciona sucessos em Goiás.

A LE conversou com Betão, que afirmou, apesar das especulações, não ter sido contatado pelo o clube. “Ninguém me procurou, mas pode ser porque eu mudei meu contato de celular e poucas pessoas sabem o número novo. Mas seria interessante dirigir o Noroeste”, contou o treinador, que lamentou o fato de estar há seis meses desempregado mesmo após cinco acessos em seis anos.

Ajude a LE e responda nossa pesquisa clicando aqui! Não dura nem 2 minutos!