SÓ UM VAI PRA GRANDE DECISÃO!
Valendo final do NBB, Paulistano e Bauru fazem jogo imprevisível
Após empatar a série em casa, Dragão vai em busca da virada na capital paulista, enquanto Paulistano quer fazer valer o mando de quadra
Por Fabio Toledo
Na tarde do último sábado, foi conhecido o primeiro finalista do NBB 10. Ao superar o Flamengo por 89 x 72 no jogo 4, o O Mogi das Cruzes/Helbor alcançou sua primeira decisão da competição nacional na história. Pela frente, a Jaguatirica terá mais um time que conhece a finalíssima do NBB: Paulistano/Corpore ou Sendi/Bauru. Nesta segunda-feira, a partir das 19h30, os olhos do basquete nacional estarão todos voltados para o Ginásio Antônio Prado Jr, na capital paulista, onde os finalistas da edição passada definirão qual deles repete a dose, agora contra os mogianos.
Ao alcançarmos o quinto e derradeiro jogo da série, tudo pode ser esperado. Ainda mais tendo em vista a recuperação do Bauru na quarta partida, após a pesada derrota por 95 x 64 no confronto anterior. Mais uma vez, os comandados de Demétrius Ferracciú mostraram aplicação ao jogo determinado por seu treinador, ganhando o reforço de Renan Lenz no garrafão, mas perdendo Duda Machado, com lesão no joelho. Conseguindo segurar o arsenal ofensivo do Paulistano, além de encaixar seu jogo em grande noite de Hettsheimeir e Isaac, o Dragão obteve a vitória por 82 x 75 e levou a disputa para o jogo cinco.
Coadjuvantes decisivos
O triunfo bauruense no jogo 4 contou com participações decisivas de atletas que nem sempre conseguem destaque. O cestinha da partida, por exemplo, foi o ala Isaac, com 22 pontos (média de 6.6 na temporada). Jaú pode ser considerado um jogador de grande valia à equipe, mas seu excelente desempenho nos rebotes foi decisivo. Da mesma forma, o quarto período de Stefano, mostrando inteligência e cadência de jogo, após o titular Anthony sair por quinta falta.
Por fim, Renan, que voltou de lesão e, mesmo não estando 100%, recheou a rotação no garrafão com uma exibição segura. O ala-pivô comenta sobre o que será necessário para chegar à final. “O jogo de amanhã será difícil, mas temos que entrar do mesmo jeito que entramos na quarta partida: fortes, focados e jogando duro. Não é fácil vencer o Paulistano em casa, mas é esse o nosso objetivo”, conta.
Decisão em Sampa
Não há dúvidas que o “fator casa” contribuiu para a reação bauruense, pressionando o adversário como se fosse o sexto jogador em quadra. Agora, a decisão de quem vai para as finais não terá um ginásio todo apoiando o Dragão. Na capital paulista, Bauru deve contar com muitos torcedores, mas, ainda assim, a maioria será de apoiadores do clube do Jardim América. Como o ala Deryk Ramos, do Paulistano, mencionou em entrevista pós-jogo: “a gente batalhou o campeonato inteiro para ter o quinto jogo em casa e vamos aproveitar isso”.
De fato, a torcida do Paulistano nunca foi lá muito presente nos jogos de sua equipe. Demorou algum tempo para o clube atrair torcedores, mas atualmente, com duas finais na bagagem e um time com jogo atraente, já conta com uma base capaz de lotar sua casa. Portanto, a equipe da capital terá grande apoio vindo da arquibancada. Favoritismo para o lado alvirrubro, Demétrius? “Normalmente quem decide o jogo em casa é o favorito, mas nosso objetivo é enfrentar o Paulistano e igual para igual, assim como já estamos fazendo durante toda a série”, comenta o técnico bauruense.
Nervos de Dragão
Façamos uma disposição entre as quatro partidas da série até aqui com relação ao nível de equilíbrio. O jogo 4 teve as equipes mais parelhas, seguido do jogo 2, ambos vencidos por Bauru. Nos dois confrontos restantes, o Paulistano construiu um resultado em seu favor antes do quarto período. No terceiro confronto, foram os 30 x 8 no primeiro período. Já no jogo 1, o time da capital controlou a diferença na casa dos 15 pontos durante certo tempo, levando susto apenas quando Matulionis acertou três bolas de três seguidas, no quarto final.
Pode ser coincidência, mas os jogos mais disputados estão terminando com Bauru na frente. Não há dúvidas de que o Dragão, após tudo que passou durante a temporada – e mais recentemente nos playoffs –, desenvolveu uma força mental enorme. Mas será que ela é tão grande quanto a do Paulistano a ponto de ser decisiva para Bauru vencer as partidas mais nervosas?
Para manter o aproveitamento
Entre todas as equipes que já alcançaram a final do NBB, apenas duas seguem sem ser derrubadas em semifinal. Uma delas é o extinto Uberlândia, que chegou apenas uma vez entre os quatro melhores do torneio e acabou derrotando o próprio Bauru, caindo na final para o Flamengo na temporada 2012-13. A outra é justamente o Paulistano, com duas disputas e duas vitórias. Uma terceira ocasião pode acontecer nesta segunda-feira, ou então a lista contará com apenas um nome.
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