O RETORNO DO DRAGÃO
Sendi/Bauru Basket volta a jogar em casa diante do Vitória
Por Fabio Toledo
Foram 80 dias longe de casa. Mais de 1900 horas desde a última partida do Sendi/Bauru Basket no ginásio Panela de Pressão. Na ocasião, o Dragão era eliminado pelo Franca, na semifinal do Paulista. Durante esse tempo distante de seus domínios, Bauru buscou fazer de casa a cidade de Lençóis Paulista, na vitória sobre Campo Mourão; São Carlos, na derrota para o Flamengo e triunfo sobre o Minas; e até mesmo mandou jogo na casa do Paulistano, diante do mesmo, na estreia com vitória.
Dessa forma, em quatro partidas cumpridas de suspensão por causa dos lamentáveis ocorridos na fase final do último NBB, os comandados de Demétrius Ferracciú não fizeram tão feio. Mas que a Panela fez falta, isso fez. “Nós sabemos como é bom e importante jogar em casa, com o apoio de nosso torcedor. Estaremos ainda mais motivados para encontrar nossa torcida”, conta Rafael Hettsheimeir, via assessoria do Bauru.
Porém, engana-se aquele que acredita ser apenas uma festa esse reencontro do Dragão com seu torcedor. Na partida desta segunda-feira (8), às 20h, o adversário é o Universo/Vitória, adversário direto do Bauru na briga pela aproximação ao G4 do NBB 10. E o Leão vem faminto, procurando se recuperar da derrota para o SESI/Franca, no último sábado.
“O Vitória fez uma boa partida contra o Franca jogando fora de casa, tem armadores rápidos, como o Dawkins, e bons pivôs que jogam forte. Por isso mesmo será um diferencial poder voltar a jogar em casa. Nossa torcida faz a diferença”, comenta o Brabo, Alex Garcia.
Estreantes
Por ter passado tanto tempo desde a última partida do Dragão em sua casa, há quem ainda não havia estreado para os torcedores da Cidade Sem Limites. Duda Machado sabe a pressão que rola na Panela. “É um momento de ansiedade, pois já estive do outro lado e sei que encarar Bauru no Panela de Pressão é muito mais complicado. Certamente será um momento diferente poder entrar no ginásio que treinamos e com a torcida apoiando”.
Já o lituano Osvaldas Matulionis só viu o ginásio com torcida quando foi acompanhar o Vôlei Bauru na Superliga. Atuar para seu torcedor em sua casa será novidade para o ala-pivô, que ainda é dúvida para o jogo. Ele ficou de fora do duelo contra o Botafogo por conta de dores no pé esquerdo e será reavaliado antes da partida desta segunda.
Chaves para vencer
Para os baianos, é importante ter um início de jogo forte e manter o ritmo o máximo possível. A movimentação de seus atletas do perímetro para o meio do garrafão e vice-versa é um bom plano para causar buracos na defesa bauruense. Muito disso está relacionado aos papéis dos alas Okorie, André Góes, Edu Mariano e Renato Scholz. Defensivamente, precisa contar com um bom jogo dos pivôs Kurtz e Murilo para frearem Hettsheimeir ou mesmo Renan. Por fim, o armador Kenny Dawkins, que foi mal diante do Franca, deve melhorar sua capacidade de controlar o ritmo da partida.
Já do lado bauruense, uma defesa forte no perímetro, sabendo utilizar os pivôs contra a movimentação adversária, seguida de transição rápida, pode contribuir na construção de uma vantagem no primeiro tempo. Caso os arremessos de três não caiam no início, é necessário encurtar o jogo, fazendo valer o bom momento de Hettsheimeir e também utilizar as infiltrações de Anthony e Alex. Mas a grande chave bauruense para superar o Rubro-Negro baiano é limitar a pontuação dos alas adversários e a participação de Dawkins, uma vez que na parte ofensiva, com Anthony, Alex, Renan, Jaú, Hetts, Duda e (possivelmente) Osvaldo, muitas variações são possíveis para encaixar.
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