TOP 10 NBB – MELHORES JOGADORES
Por Lucas Guanaes
Fechando nossos “Top 10”, chegamos nos atores principais do basquete nacional: os jogadores. São eles que entram em quadra para fazer a alegria das torcidas e engrandecem o espetáculo. Aqui, nesta lista, mostramos quais os maiores atletas das primeiras dez edições do NBB, incluindo brasileiros e estrangeiros. Lembrando, mais uma vez, que esta é apenas a nossa opinião. Gostaríamos de saber a sua e, assim, manter um saudável debate sobre o basquete brasileiro.
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10 – Jefferson William (Flamengo, São José, Bauru e Franca)

Foto: Lucas Guanaes/Locomotiva Esportiva
Ala/pivô alto e móvel, bom dentro do garrafão, melhor ainda no perímetro. Em 10 anos de NBB, Jefferson passou por quatro equipes e, no mínimo, quatro grandes histórias. No Fla, era coadjuvante, mas foi campeão do primeiro NBB. No São José, fez parte de um timaço, vice-campeão nacional. Outro timaço foi o Bauru que ele jogou. Ficou no vice por dois anos, mas o título enfim veio, com ele sendo destaque na campanha ao lado de Alex.
Pelo Franca, fez parte do renascimento da equipe como time de alto investimento e sede por títulos. Sua passagem não foi tão boa por lá, e a idolatria da torcida bauruense o fez voltar para esta temporada.
Números: 322 jogos, 14 pontos, 6.5 rebotes, 1.4 assistência e 15.1 de eficiência em 28.4 minutos
9 – Murilo Becker (Minas, São José, Bauru, Vasco, Vitória e Botafogo)

Foto: Lucas Guanaes/Locomotiva Esportiva
Na primeira metade da década do NBB, pode-se dizer que Murilo esteve entre os melhores pivôs do país, se não o melhor. Afinal, não é pra qualquer um aparecer na equipe ideal da competição por três temporadas seguidas. Destaque do Minas nos dois anos iniciais do campeonato nacional, chegou ao São José e se tornou ídolo na equipe do Vale do Paraíba. Foi por lá que, em 2011/12, recebeu o prêmio de MVP, mas o título coletivo não veio, mesmo com Murilo jogando no sacrifício a final contra Brasília.
A segunda parte da década começou em Bauru, onde o pivô teve mais uma temporada dominante. Vieram mais dois vices do NBB, da mesma forma que algumas lesões foram reduzindo sua participação nos jogos. Para completar, ainda defendeu o Vasco e o Vitória, sendo um daqueles jogadores que atuaram em todas as edições da liga até aqui. E o NBB 11 terá ele mais uma vez, agora defendendo o Botafogo.
Números: 313 jogos, 14.9 pontos, 7.2 rebotes, 1 assistência e 17.1 de eficiência em 26.7 minutos
8 – David Jackson (Flamengo, Limeira, Vasco e Franca)

Foto: Fabio Toledo/Locomotiva Esportiva
Líder francano na atual temporada, David Jackson terá mais uma chance de brilhar no basquete brasileiro. O ala americano venceu o NBB pelo Flamengo e foi o grande jogador de Limeira e Vasco, intercalando passagens no basquete argentino. No interior de São Paulo, inclusive, foi eleito o MVP do NBB 7. Além disso, venceu por duas vezes o prêmio de melhor estrangeiro e uma vez o de melhor ala.
Números: 163 jogos, 17.3 pontos, 3.9 rebotes, 2.8 assistências e 18.8 de eficiência em 32.3 minutos
7 – Larry (Bauru e Mogi das Cruzes)

Foto: Lucas Guanaes/Locomotiva Esportiva
O americano mais brasileiro do Brasil, como era chamado antes da naturalização, Larry é figura ímpar no cenário nacional. Suas grandes atuações nos primeiros NBBs lhe renderam o convite para a naturalização, permitindo ao armador defender o Brasil nas Olimpíadas de Londres, em 2012. Desde a primeira edição do NBB, Larry encanta os torcedores de todas as equipes, em especial as de Mogi e Bauru, por onde teve sua camisa aposentada – fato inédito na competição.
Além da camisa aposentada, Larry coleciona outros grandes feitos, como a presença em duas seleções do campeonato e dois triplos-duplos (único atleta a conseguir tal feito). Incrivelmente, nunca foi MVP e nem venceu um título, apesar de já ter batido na trave em duas oportunidades.
Números: 357 jogos, 13.6 pontos, 5.1 rebotes, 4.7 assistências e 16.8 de eficiência em 31.9 minutos
6- Shamell (Pinheiros e Mogi das Cruzes)

Foto: Fotojump/LNB
Shamell dispensa apresentações. O maior cestinha da história do NBB, com 6.635 pontos, vai para mais uma temporada para aumentar ainda mais sua marca e tentar, mais uma vez, conquistar o título inédito da competição. Na última temporada, bateu na trave, ficando com o vice-campeonato após perder para o Paulistano. Eleito o melhor estrangeiro do NBB 8 e duas vezes MVP do JDE, Shamell, já completamente abrasileirado, ainda é um dos principais alas da competição, mesmo aos 38 anos de idade.
Números: 354 jogos, 18.7 pontos, 4.1 rebotes, 3.1 assistências e 17.3 de eficiência em 33.4 minutos
5- Olivinha (Pinheiros e Flamengo)

Foto: Ricardo Bufolin/ECP
Abrindo o top 5, Carlos Alexandre Rodrigues do Nascimento. Mais conhecido, contudo, como Olivinha, o maior reboteiro da história do NBB, com 2.854 rebotes conquistados. Mantendo a média, ultrapassará facilmente a marca dos 3.000 nesta temporada. Mas nem só de rebotes vive Olivinha. O ala-pivô também é o jogador com mais atuações pelo NBB: foram 361 partidas por Pinheiros e Flamengo até então.
Flamenguista de nascença, foi revelado pelo Rubro-Negro e voltou a atuar pelo Mengão a partir do NBB 5. Tetracampeão da competição, também é o líder histórico em duplos-duplos. Seu jogo é marcado pela enorme vibração a cada cesta, toco ou rebote conquistado. Por essas e outras, é um dos maiores ídolos da história do basquete do Flamengo.
Números: 361 jogos, 14 pontos, 7.9 rebotes, 1.4 assistências e 17.7 de eficiência em 27.8 minutos
4 – Guilherme Giovannoni (Brasília, Vasco e Corinthians)

Foto: Lucas Guanaes/Locomotiva Esportiva
O basquete moderno praticamente exige que os jogadores tenham habilidades em múltiplos fundamentos. Quanto aos pivôs, não adianta apenas ter força e habilidade para pegar rebotes. Também é necessário visão de jogo e, de preferência, um bom arremesso de fora. Guilherme Giovannoni possui tais características há mais de 15 anos.
Nas atuações mais recentes, talvez não seja possível aplicar toda sua qualidade, muito por conta das limitações físicas que a idade impõe. Por isso, se você passou a acompanhar o NBB recentemente, não se engane. Giovannoni, que ainda é um grande jogador, era muito acima da média nas primeiras edições do campeonato. Quatro vezes melhor ala-pivô, duas vezes MVP das finais, MVP do NBB 3 e, principalmente, tricampeão do NBB. A carreira de troféus – e boas atuações – de Giovannoni é extensa e mais do que suficiente para deixá-lo muito próximo do top 3.
Números: 318 jogos, 17 pontos, 6.8 rebotes, 2.4 assistências e 19.2 de eficiência em 318 jogos
3 – Marcelinho (Flamengo)

Foto: Luiz Pires/LNB
Único da lista a ter se aposentado, Marcelinho Machado é o maior nome da história recente do Flamengo. Líder máximo do time na última década, foi o grande destaque das duas primeiras edições da competição, quando estava em seu auge físico e técnico. Não à toa, foi nesse período que Marcelinho atingiu o recorde de incríveis 63 pontos na mesma partida, contra São José. Ficou fora da quinta temporada por conta de uma séria lesão.
O ala foi eleito MVP das duas primeiras edições do NBB, além de melhor sexto homem em 2015/16 e MVP do segundo Jogo das Estrelas. Também está presente em duas seleções ideias do campeonato. Ao lado de Gegê, é o maior vencedor da história da competição, com cinco títulos.
Números: 314 jogos, 18.2 pontos, 3.9 rebotes, 3.1 assistências e 17.1 de eficiência em 29.4 minutos
2 – Marquinhos (Pinheiros e Flamengo)

Foto: Lucas Guanaes/Locomotiva Esportiva
O segundo colocado da lista também é um dos maiores atletas da história do Flamengo, embora também tenha feito sucesso no Pinheiros. Antes do NBB, também passou pela NBA e basquete europeu. Com nove edições da competição na bagagem, Marquinhos é o atleta que mais vezes foi eleito MVP: NBBs 5, 8 e 10.
Além disso, possui quatro canecos e foi eleito por sete vezes como melhor ala do NBB. Suas excelentes temporadas garantiram ofertas para retornar à NBA em 2014. Contudo, preferiu ficar no seu clube do coração, onde é um grande ídolo. O grande diferencial de Marquinhos em comparação aos demais membros do top 10 é o fato do ala ter “apenas” 34 anos, podendo continuar sua dominância na posição em solo brasileiro por mais algumas temporadas.
Números: 319 jogos, 18.4 pontos, 4.2 rebotes, 3.1 assistências e 18 de eficiência em 31.1 minutos
1 – Alex (Brasília e Bauru)

Foto: Lucas Guanaes/Locomotiva Esportiva
No topo do pódio, o incansável Alex Garcia. O Brabo, como é chamado, intercalou passagens pela NBA e basquete israelense com clubes brasileiros. A partir de 2008, no Brasília, não deixou mais o Brasil, que tinha um NBB ainda recém-nascido em disputa. De lá para cá, Alex tornou-se ídolo máximo no time da capital e no Bauru Basket.
É dono de quatro títulos (NBBs 2, 3, 4 e 9), MVP da sétima edição, eleito o melhor defensor dos oito primeiros NBBs, além de figurar em sete das dez seleções do campeonato. O Brabo também é bi MVP do Jogo das Estrelas, na quinta e sexta edição do evento. No total, são incríveis dezesseis prêmios individuais ao final das temporadas. Unanimidade por onde passa por conta de seu estilo extremamente aguerrido, da liderança em quadra e de uma mecânica de arremesso peculiar, Alex, na avaliação da LE, é o grande nome da primeira década do NBB.
Números: 350 jogos, 16.2 pontos, 5.2 rebotes, 3.8 assistências e 18.7 de eficiência em 32.4 minutos
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