Com caracterísitcas opostas, Jazz e Clippers medem forças num dos confrontos mais equilibrados dos playoffs

Por Abner Bento

Fechando a primeira noite dos playoffs da NBA, Los Angeles Clippers e Utah Jazz se enfrentam no Staples Center neste sábado. Um confronto que na teoria parece ser o mais equilibrado da Conferência Oeste. Na classificação geral, ambos os times terminaram com praticamente a mesma campanha (51 vitórias e 31 derrotas), porém os Clippers tiveram um melhor desempenho no confronto direto com o Jazz.

Os comandados de Doc Rivers tiveram o terceiro melhor rating ofensivo da temporada regular (110.3) e vêm apoiados num ataque baseado no trio Blake Griffin, DeAndre Jordan e Chris Paul. O armador, que perdeu 21 jogos da temporada regular, retornou no fim de fevereiro e ajudou o time a retomar o caminho das vitórias. Além disso, os Clippers são o time mais “quente” da NBA atualmente, terminando a temporada regular com 7 vitórias consecutivas.

Chris Nicoll/USA TODAY Sports

Se, por um lado, o ataque forte os mantém no jogo, em Utah é a defesa quem constrói a identidade do time. A equipe teve o terceiro melhor rating defensivo da temporada (102.7), atrás apenas de Warriors e Spurs, e tem em Rudy Gobert seu principal pilar defensivo. No ataque, a missão de carregar a pontuação pertence a Gordon Hayward, cestinha do time com 21.7 pts de média.

As equipes se enfrentaram em quatro oportunidades durante a temporada regular. Em três delas, os Clippers saíram vencedores, sendo uma das vitórias conquistadas em Salt Lake City. Nos três triunfos, a equipe de Los Angeles venceu com pelo menos dois dígitos de diferença na pontuação, o que pode ser um indício para essa série.

Por fim, é importante ressaltar que essa é a primeira partida de pós-temporada que o Utah Jazz irá jogar desde 2012, sua última aparição. Também é um dos elencos mais jovens da NBA, com uma média de idade de 26.5 anos, contra 29.9 dos angelinos. O Los Angeles Clippers, por sua vez, tenta vencer o fantasma dos últimos anos de cair precocemente nos playoffs. Nos últimos cinco anos em que a equipe se classificou, em três oportunidades foi derrotada nas semifinais e em duas caiu logo na primeira fase.